Um jogo truncado, com “pegada” e marcação dura. É assim que Palmeiras e Corinthians estão prevendo o clássico deste domingo, às 16h, em Presidente Prudente. De um lado, o time de Muricy Ramalho prega força e segurança defensiva. Do outro, Mano Menezes pede que seus comandados “imitem” a proposta do rival e mostrem a mesma energia.
Os dois times devem começar o duelo com três zagueiros e pelo menos mais dois volantes de cada lado, além da cobrança sobre os atacantes para que ajudem sem a bola.
“Sabemos que será um jogo de marcação forte. O Palmeiras mudou seu jeito de jogar porque essa é a forma que o Muricy gosta de implantar nas suas equipes. Será um Palmeiras mais marcador, jogando em cima do nosso erro”, projetou o treinador alvinegro. “Teremos que igualar isso, o Corinthians já atuou assim.”
No Palmeiras, a prioridade dada à eficiência do setor defensivo foi compreendida pelo elenco. E após a goleada por 4 a 0 sobre o Goiás, foi até eleita um dos fatores decisivos para a recuperação do time, que vinha de três derrotas e sete gols sofridos nesse período.
“Nosso time estava muito exposto. Queríamos abrir a vantagem e por causa disso mudamos nosso estilo de jogo, mas contra o Goiás fomos a equipe compacta de sempre. Marcamos melhor a saída de bola desde o ataque. Aprendemos que temos que continuar assim, determinados na marcação e obedientes taticamente”, avaliou o zagueiro Danilo.
Um dos reflexos da “pegada” exigida por Muricy é exemplificada pelos números. Segundo o Datafolha, o Palmeiras é o time mais faltoso do Brasileiro, com média de 21,1 infrações por jogo. O Corinthians, por sua vez, está no outro extremo: é o que menos comete faltas (16,6).
Para Danilo, porém, a marcação dura é fundamental para o sistema ofensivo do Palmeiras. Uma das armas da equipe é o apoio de Armero e Figueroa. “Nossos dois alas sobem muito e sempre chegam à linha de fundo. Um esquema com mais atletas defensivos e com essa pegada dá maior liberdade para os dois e também para o Diego Souza”, argumentou o zagueiro.
O resultado do clássico “brucutu” só será conhecido neste domingo, mas uma coisa já é certa: no que depender da proposta das equipes, o duelo cercado de grande rivalidade deve deixar suas marcas em canelas palmeirenses e corintianas.
UOL/Alexandre Sinato e Rodrigo Farah
Em São Paulo
