A Amazônia pode se tornar um dos destinos preferidos de quem viaja em todo o mundo. Este é o objetivo das autoridades em turismo dos países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que se reuniram em Berlim, na Alemanha, para discutir formas de divulgar a região amazônica como um roteiro de turismo sustentável.
O encontro serviu para exaltar a diversidade da região e estabelecer destinos turísticos conjuntos entre os oito países da bacia amazônica. Segundo Rosalia Arteaga, secretária-geral da OTCA, a instituição pretende que 2009 seja o “Ano Destino Amazônia”. O grupo já começa a discutir estratégias para dar visibilidade à região no mercado mundial..
Para Arteaga, o turismo na Bacia Amazônica poderia fomentar a criação de empregos e a melhoria da qualidade de vida da população. Até meados de julho, a instituição espera receber dos países membros uma avaliação sobre os prováveis roteiros turísticos e os problemas de infra-estrutura das localidades.
A OTCA reúne oito países – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – que, juntos, possuem uma área amazônica de 7,5 milhões de quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 30 milhões de pessoas. Em 2006, a Organização conseguiu mobilizar aproximadamente US$ 30 milhões (cerca de R$ 63 milhões) para desenvolver 18 projetos na região. A secretária-geral da OTCA destaca, entre eles, o de gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos na bacia do rio Amazonas.
O Fundo Global para o Meio Ambiente das Nações Unidas vai liberar US$ 15 milhões (cerca de R$ 31,5 milhões) para o projeto em setembro, a que se somam US$ 700 mil já destinados a uma fase preparatória.
Segundo a Organização, a maior bacia do mundo terá a oportunidade de realizar agora um trabalho integrado para preservar os rios que reúnem cerca de 20% da água doce do planeta.
Algumas das preocupações da OTCA quanto à água na região amazônica são a atividade de mineração, o degelo dos Andes e a poluição dos grandes centros urbanos da região, que despejam os seus detritos na Bacia Amazônica.
FU