O denominado grupo Nama-11 de países em desenvolvimento, produtores de bens não agrícolas, deram mandato ao Brasil e à Índia para defender seus interesses quanto à redução de tarifas no comércio de bens industriais no marco da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O secretário de Relações Econômicas Internacionais da Argentina, Alfredo Chiaradía, disse hoje em entrevista coletiva que seu país, que lidera o Nama-11, e os restantes membros do grupo pediram ao Brasil e à Índia defender sua posição perante a União Européia (UE) e Estados Unidos.
Brasil, Índia, e EUA formam o denominado Grupo dos Quatro (G4), que tenta chegar a um consenso para destravar as negociações multilaterais para a liberalização do comércio internacional que acontecem no marco da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os três países mais a União Européia terão uma reunião na Alemanha de 19 a 23 deste mês e nela Brasil e Índia terão o mandato de defender que os cortes de tarifas para o comércio de bens industriais que estão sendo discutidos sejam “equilibrados” e não prejudiquem as indústrias dos países em desenvolvimento, explicou Chiaradía.
Segundo o funcionário, a China respalda a posição do Nama-11, que é integrado por Brasil, Argentina, Egito, Filipinas, Índia, Indonésia, Namíbia, África do Sul, Tunísia e Venezuela.
Brasil e Índia também pedirão uma “maior flexibilidade” para que os países em desenvolvimento possam deixar de fora dos cortes tarifários os bens industriais que considerem “sensíveis” para suas economias.
Depois da reunião do “Grupo dos Quatro”, os negociadores da OMC começarão a etapa de redação dos documentos de base para as discussões em nível multilateral.
US EFE nk ma
