O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) pretende alcançar os 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza no País com o que há de mais avançado em tecnologia. Para isso, está criando uma ferramenta interativa, o Mapa de Oportunidades e Serviços Públicos (Mosp). O Mapa vai mostrar onde estão e como funcionam os equipamentos e serviços públicos de diversos setores, voltados à população em extrema pobreza, além de apontar as oportunidades de inclusão produtiva em âmbito macro e microrregional.
Nesta terça-feira (11), representantes de vários ministérios e instituições de pesquisa participaram da primeira de uma série de oficinas de trabalho para a criação da ferramenta. “Esta primeira discussão tem o objetivo de fazer um balanço do que temos à disposição, em termos de tecnologia aplicada a políticas públicas, para construir o mapa”, explica o secretário de Avaliação e Gestão da Informação do MDS, Paulo Jannuzzi.
Entre os ministérios parceiros do MDS no Plano Brasil Sem Miséria, participam da oficina representantes das pastas de Cidades, Educação, Saúde, Cultura, Trabalho e Emprego, Planejamento e Ciência e Tecnologia. Além deles, especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) compartilham experiências de aplicação da tecnologia e da internet no acompanhamento de políticas públicas.
Regionalização
Atualizado periodicamente por diversos agentes envolvidos nos três eixos do Plano Brasil Sem Miséria (acesso a serviços, inclusão produtiva e garantia de renda), o Mapa de oportunidades e serviços terá dois públicos principais: os gestores e os beneficiários. A proposta é criar uma representação visual do município ou da região, com marcadores de localização de equipamentos públicos – escolas técnicas, hospitais, Centros de Referência de Assistência Social (Cras), entre outros. Ao clicar sobre um marcador, o gestor ou usuário terá acesso a uma ficha que mostrará os serviços oferecidos naquele local, para quem, horário de funcionamento e outras informações úteis. “Nosso intuito é diminuir a carência de informações que as pessoas têm sobre como acessar os serviços, e ajudar os técnicos a fazerem encaminhamentos mais rapidamente”, explica Jannuzzi.
O MDS pretende organizar pelo menos outras duas oficinas de trabalho para a construção da ferramenta. A próxima se voltará a instituições estaduais de pesquisa e tecnologia, para apresentar e discutir a proposta. A terceira deverá reunir universidades e outras instituições, para uma discussão sobre análise e prospecção, a partir das informações descritivas do mapa. A previsão é de que o Mosp esteja em funcionamento em 2012.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome