A Polícia Judiciária Civil de Aripuanã (1.002 km a Noroeste) esclareceu o homicídio ocorrido, em que o filho matou o próprio pai. Segundo as investigações, o adolescente V.N.S., 15, agiu para salvar a vida da mãe.
O crime aconteceu na tarde de sexta-feira (7), na propriedade agrícola da família, na zona rural de Aripuanã. Na ocasião, a vítima Vitório Nunes da Silva, 43, em posse de um canivete tentava tirar a vida da companheira.
Segundo testemunhas oculares, o marido estrangulava a esposa e ameaçava tirar a vida dela cortando sua jugular com um canivete.
Desesperado com a situação, o adolescente desferiu um disparo de espingarda calibre 32 contra o pai, que não resistiu ao ferimento e morreu antes da chegada da equipe médica. Assim que foi acionada, a Polícia Civil foi até a propriedade, onde apreendeu a espingarda calibre 32, utilizada pelo menor, um revólver calibre 38, com 16 munições não deflagradas, 5 munições calibre 22, inúmeras cápsulas calibre 32 e apetrechos para carregamento de cartuchos.
O menor se apresentou espontaneamente na delegacia, onde foi ouvido pelo delegado Alexandre da Silva Nazareth e prestou esclarecimentos sobre sua atuação. Os policiais confeccionaram o relatório de crime e o boletim circunstanciado de ocorrência do menor.
“Ficou claro que o adolescente agiu mediante a excludente de ilicitude de legítima defesa de terceiro, previsto no artigo 121 caput, combinado com artigo 23, inciso II do Código Penal Brasileiro. O revólver e demais munições encontradas na residência, não tiveram relação com o ato infracional do menor”, disse o delegado.
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