O pacote de estímulo à economia dos EUA, em discussão entre o presidente americano, Barack Obama (que propôs a medida), e as lideranças republicanas e democratas no Congresso, pode ultrapassar os US$ 825 bilhões propostos inicialmente, disse nesta sexta-feira o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em sua primeira conferência de imprensa.
O porta-voz não deu mais detalhes sobre o pacote. Hoje, Obama e lideranças do Congresso discutiram o pacote, a fim de se acertarem para que a medida possa seguir para votação na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) na próxima semana –possivelmente na próxima quarta-feira (28).
O presidente americano disse hoje que a crise econômica em que se encontra o país pode chegar a níveis sem precedentes e é preciso agir rapidamente. “Reconheço que ainda há algumas divergências sobre a mesa (…) sobre detalhes em particular do plano. Acho que o que unifica esse grupo é o reconhecimento de que estamos passando por uma crises possivelmente sem precedentes com a qual temos de lidar, e lidar rapidamente”, disse Obama, que se encontrou hoje com líderes democratas e republicanos do Congresso.
Obama também disse esperar que a medida seja aprovada até o dia 16 de fevereiro. Na quarta-feira (21), o Comitê de Apropriações da Câmara (que controla projetos de leis e de gastos públicos) aprovou um pacote de US$ 358 bilhões, por 35 votos a 22, para gastos do governo Obama. A aprovação foi vista como um primeiro teste para a aceitação das medidas da administração do democrata diante do cenário de recessão em que o país se encontra desde dezembro de 2007.
Gibbs disse que o presidente vem recebendo um resumo diário com informações econômicas, semelhante ao que os presidentes americanos recebem há décadas com informações de segurança. Segundo ele, o responsável pelo resumo é o novo presidente do Conselho Econômico Nacional, Lawrence Summers. O resumo passou a ser elaborado a pedido de Obama, devido à recessão em que se encontra o país, disse o porta-voz.