Construtoras especializadas em imóvel para baixa renda já registram um aumento significativo no número de consumidores nos plantões de vendas e nas lojas. Os prováveis clientes estão à procura de informações mais detalhadas sobre as facilidades oferecidas pelo pacote habitacional do governo para a compra da casa própria, anunciado na quarta-feira (dia 25).
“O nosso movimento na loja do shopping Itaquera triplicou na noite de quarta-feira, após o anúncio do pacote”, conta Fábio Cury, presidente da Cury Construtora e Incorporadora. A empresa é resultado de uma joint venture com a Cyrela para produção de imóveis no segmento econômico. Por enquanto, o empresário diz que está apenas cadastrando pelo perfil de renda as pessoas que procuram a empresa. O próximo passo será entrar em contato com esses consumidores para oferecer os produtos, quando a construtora estiver operando dentro do plano habitacional do governo.
Na Rodobens Negócios Imobiliários, que atua principalmente em empreendimentos para faixa de renda entre R$ 2.325 e R$ 4.650, a recepção do pacote foi positiva. Segundo o presidente, Eduardo Gorayeb, o movimento de clientes nos plantões de venda, os telefonemas e as consultas no site da empresa aumentaram após a divulgação do pacote. “O fluxo está acima do normal, principalmente para um dia de semana.”
Renato Diniz, diretor do segmento econômico da Rossi, confirma o aumento da procura nos 15 plantões de vendas da companhia. “Mas o grande reflexo do pacote deverá ser sentido no fim de semana.” Nos últimos anos, a companhia ampliou a participação do segmento econômico no total de lançamentos. Em 2007, representou 13%; em 2008 foi 30% e, neste ano, será 50%. “Depois do pacote de quarta-feira, essa plano está consolidado.” Leonardo Corrêa, vice-presidente da MRV, que tem foco na baixa renda, diz que a companhia está revendo os planos. Pretende destinar 20% dos projetos para famílias com renda média mensal de até R$ 1.395.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.