Tendência é que o produto fique acima da inflação, por causa da elevação dos custos de produção e dos insumos, diz associação
Os ovos de Páscoa já estão chegando aos supermercados. Apesar da desaceleração da inflação no último ano, o consumidor deve se preparar para encontrar o produto mais caro em média em cerca de 12%.
No IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) de fevereiro, prévia da inflação do mês, chocolates e bombons tiveram aumento de 12,41% nos últimos 12 meses acumulados. O índice é o dobro da inflação acumulada no mesmo período, de 5,63%.
“No caso dos ovos de Páscoa, a tendência é que haja um incremento nos preços acima da inflação oficial do país (IPCA), em razão da elevação dos custos de produção e dos insumos”, explica em nota a Apas (Associação Paulista de Supermercados).
Com o aumento, quem comprou um ovo de Páscoa por R$ 50 no ano passado, agora pode ter de pagar R$ 56 pelo mesmo produto.
Aumento nas vendas
A associação projeta um crescimento real de 4,5% nas vendas de Páscoa neste ano. A data é a segunda com maior movimento, ficando à frente da Black Friday e perdendo apenas para o Natal.
O setor supermercadista acredita que o aumento do salário mínimo, as políticas de transferência de renda e de combate à pobreza devem impulsionar o consumo nos supermercados nesta época do ano.
Segundo pesquisa de confiança do setor (ICS-Apas), 40% dos empresários estão otimistas em relação ao movimento gerado pela Páscoa, enquanto 45% seguem cautelosos, preferindo colocar à disposição do consumidor produtos alternativos aos tradicionais ovos de Páscoa, como as barras de chocolates.
“Tradicionalmente, a Páscoa é o melhor momento do varejo de alimentos no primeiro semestre. E, para garantir que o consumidor tenha acesso aos melhores produtos com os melhores preços, o supermercadista procura diversificar marcas e oferecer alternativas dentro do mix de itens da época”, diz Carlos Correa, diretor-geral da Apas.
R7