domingo, 22/12/2024
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Os tijolos do futuro, um a um em seu tempo

Entre o passado e o presente, Cuiabá viu a história percorrer suas esquinas, avenidas e grandes centros com mudanças graduais, algumas trocas de cores e fragmentos de transformações que – por vezes – deixaram nossa terra a ver navios. E os desafios de construir a Capital do futuro são genuínos. Entre entraves institucionais e capitalização de recursos, está também o tempo, aquele que dita as circunstâncias e ajuda a pautar o ritmo do crescimento. Com responsabilidade e organização, ele pode ser um forte aliado na busca pelo vindouro. Para o município, ele é a bússola que nos leva em direção ao tricentenário. E há oito meses de sua emblemática consagração, nossa cidade já viu os primeiros feixes deste futuro, que gradualmente se estrutura com força, projetando Cuiabá para o sucesso para o qual ela sempre foi idealizada.

 

Nessa grande construção, vias ganham um novo calçamento, à medida que o pavimento quente cobre a poeira que então tomava as ruas de bairros longínquos. Com cerca de 30 comunidades já atendidas, o programa Minha Rua Asfaltada percorre hoje aproximadamente 200 quilômetros de malha viária alcançada, envolvendo obras concluídas, em execução ou em processo de licitação. E esta jornada, em que passos são dados em estrados seguros, uma nova projeção se desenha diante da população. Simultaneamente à revitalização das principais avenidas – onde o descaso é substituído por um paisagismo sustentável, executado pelas mãos daqueles servidores encarregados de manter a Capital com o frescor que o verde traz -, devolvemos um pouco mais da esperança por dias melhores. E cada alicerce aparente que emerge compõe a pedra angular do desenvolvimento de Cuiabá para os próximos 30 anos.

 

Para solidificar a base deste crescimento exponencial, passos largos são dados em direção ao almejado tricentenário, com um pacto permanente com a humanização. Nesta órbita, a consagração dos três anos do Hospital São Benedito escancara as portas da saúde pública, estendendo seu atendimento com 20 novos leitos – expandindo o Sistema Único de Saúde de maneira palpável, mediante o funcionamento de 100% da capacidade instalada do local. Com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Verdão há cerca de 120 dias de sua entrega, o sabor amargo da negligência e do descaso cedem espaço para o novo, para o esperado e doce vindouro. E entre reformas de Programas da Saúde da Família (PSF) e reestruturação das equipes médicas, tijolos consolidados são propriamente encaixados, anunciando um tempo diferente, que o próprio kairós nos auxilia a modelar.

 

Em meio à conquistas e caminhos percorridos, há também a busca por respostas. Pois solucionar problemas – sejam eles antigos ou novos – é o combustível de um gestor público. Soluções não são apenas louváveis, são de fato imprescindíveis para que a metrópole do futuro alcance esta versão melhor de si mesma. Numa terra promissora, cercada por oportunidades, fazer aflorar suas melhores características de berço é essencial. Universalizar o acesso ao lazer público – criando espaços de convivência descentralizados do centro – e promover condições de desenvolvimento econômico, com a construção de Cuiabá como um pólo turístico de negócios, são missões que caminham nesta vertente, começaram em 2017, seguem neste ano e atingirão seu ápice em 2019, com a realização do 49º Congresso Nacional sobre Saneamento Básico. Permitindo a ocupação de 25% dos leitos de hotel, uma média de cinco mil pessoas percorrerão nossa cidade durante o período, deixando na Capital cerca de R$ 11 milhões. A sustentabilidade passa a ser a cara do município, com a instalação de contêineres reutilizados e revitalizados em forma de abrigos de ônibus. Energia solar, acessibilidade, segurança e inovação se corporificam como uma referência nacional para gestões públicas e para a economia criativa.

 

A finalização do novo Pronto Socorro marcha em ritmo semelhante ao leque de intervenções estruturais planejadas para a Capital. Em uma terra formada por quase 600 mil cuiabanos – de chapa e cruz, de nascença ou por opção -, é preciso também pensar em respostas para o maior entrave das grandes metrópoles: o ir e vir. A mobilidade urbana precisa estar intrinsecamente alinhada com o crescimento de qualquer município e enquanto gestor, meu propósito é prevenir conflitos maiores, sinalizando aqueles gargalos que, mesmo sendo administráveis, podem ser dizimados. Garantir o deslocamento seguro, em tempo hábil e cômodo não é uma opção, mas sim um dever materializado já na promissora construção dos viadutos que ligam a Avenida Beira Rio com a Ponte Sérgio Mota e a Avenida das Torres com a Avenida Itália.

 

E todas essas pegadas, algumas concretizadas, outras em solidificação, já traçam o caminho para concretização deste sonhado anseio chamado Cuiabá 300 Anos. Cada tijolo posicionado é uma pequena marca, que sutil e – antagonicamente – ferozmente delineia as feições desta cidade que, embora ainda não conheçamos em sua totalidade, já começa a se apresentar para nós como aquela Capital que um dia eu, você e qualquer outro cuiabano sonhou. Seja ele nascido ou adotado pelo ventre desta Cidade Verde.

 

Emanuel Pinheiro, prefeito de Cuiabá

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Parmenas Alt
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