Ao todo, cinco deputados do PSDB e nove deputados do DEM desistiram de endossar ao projeto de Barreto. O texto acabou com apenas 169 assinaturas. De acordo com o secretário-geral da Câmara, Mozart Viana, a proposta será devolvida ao deputado e, caso ele consiga novas assinaturas, poderá tentar protocolar o texto novamente.
Na tarde de hoje, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), havia ameaçado de expulsão do partido os deputados que tivessem contribuído com a proposta. “Os deputados do PSDB que assinaram este golpe serão punidos. Eles vão responder a processo disciplinar no partido. Nós não vamos aceitar isso de jeito nenhum”, disse o senador.
A derrubada do texto contou com o apoio do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), pois, pelo regimento, os parlamentares poderiam retirar suas assinaturas do projeto até o final da sessão plenária. O secretário-geral, Mozart Viana, porém, foi incumbido de ficar na Câmara dos Deputados até a meia-noite à espera de dissidentes, apesar da reunião plenária ter terminado no final da tarde.
Para que Lula possa concorrer a uma nova eleição em 2010, a emenda de Jackson Barreto precisaria ser aprovada até setembro deste ano. Pelo regimento do Congresso, a PEC só pode ser sancionada depois de aprovada por 3/5 do Senado e da Câmara, em dois turnos de votação em cada Casa.
U.Seg