O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou as medidas anunciadas, pelo governo e disse que a oposição não aceitará a aprovação no Congresso, da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).
“Não é aceitável o aumento do imposto de renda sobre ganho de capital, não para melhorar o sistema tributário, mas apenas para crescer a receita, e a volta da CPMF, o famoso imposto sobre transações financeiras que a sociedade já tinha se mostrado contra na sua última tentativa de renovação, em 2007”, disse o senador tucano.
As medidas incluem, além da vota da CPMF, redução de gastos com servidores, suspensão de concursos públicos e cortes em programas como o Minha Casa, Minha Vida e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O objetivo do governo é apontar soluções para reduzir o rombo de R$ 30 bilhões no Orçamento de 2016 previsto na proposta orçamentária enviada ao Congresso.
“Onde estão as propostas de mudanças estruturais que o governo tanto prometeu para reduzir o crescimento das despesas obrigatórias?” questionou o senador.De acordo com Aécio, com as medidas, “a sociedade brasileira é, mais uma vez, requisitada a pagar a conta da incompetência e da inoperância de um governo que nos levou a uma situação de gravíssima crise fiscal”. “Um governo que está há mais doze anos no poder novamente recorre a um ajuste baseado preponderantemente em aumento de impostos sobre a população brasileira, que já paga uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo”, disse.
“Não foi anunciada uma medida estrutural sequer. O governo do PT quer da sociedade um cheque em branco. Pede um voto de confiança quando continuamente não cumpre o que promete”,
O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), também criticou as medidas anunciadas e avaliou que as propostas, em nada reduzem o desgaste do governo, na medida em que não alteram significativamente o número de ministérios e aumentam impostos.
“As medidas comunicadas não aumentaram em nada a credibilidade do governo. Quem esperava corte no número de ministérios ou diminuição no número de cargos comissionados e viu aumento de IOF e ameaça de volta da CPMF, só pode ter ficado ainda mais indignado”, disse o senador.
“Ainda não entenderam que para merecer apoio às propostas de aumento de receitas precisam se creditar com corte nas despesas. E isto o governo do PT insiste em não fazer. Para equilíbrio das contas só com aumento de impostos, não contarão conosco. Aí é querer acabar de parar o País”, disse Agripino.
Por – iG BrasíliÚltimoSegundo