A segunda edição da Operação Ágape, resultou no encaminhamento para o Centro de Triagem e Abordagem Solidária de um total de 24 pessoas. A operação foi realizada em três localidades distintas da região do Grande Alvorada, nas proximidades da Rodoviária e do viaduto da avenida Miguel Sutil.
A ação é o resultado de uma articulação entre a Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá, Secretaria de Segurança Pública, Poder Judiciário, Ministério Público, totalizando dez parceiros em busca da promoção da saúde para a população que se encontra em situação de rua.
Conforme o coordenador de Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social, Edilson Proença, a capital do Estado possui um total de 27 pontos de concentração de população de rua e ações de abordagem social são realizadas diariamente, entretanto, há um intenso fluxo migratório para a capital do Estado, o que acentua o problema.
“As pessoas que se encontram em situação de rua, em sua grande maioria, não são residentes de Mato Grosso”. A afirmativa baseia-se em levantamento realizado pela Secretaria de Assistência (no período de dezembro de 2010 a janeiro de 2012) com 447 pessoas. Desse total, 73% eram migrantes e 90% eram dependentes de álcool ou bebidas.
Conforme Edilson, a operação Ágape agrega uma série de ações. Com o encaminhamento para o Centro de Triagem e Abordagem Solidária, todos os indivíduos passam pelo processo de higienização, apoio nutricional, atendimento médico, junto à Polícia Técnica (Politec) para emissão de documentos, registro de Boletins de Ocorrência (em caso de extravio de documentação e checagem criminal). Na sequência, são encaminhados às equipes do Poder Judiciário que atuam com assistentes sociais e psiquiatras para avaliação de cada um deles.
A gerente de Alta Complexidade da Secretaria de Assistência, Taís Bruno Nogueira, pontua que do total de 23 pessoas, 13 homens e 4 mulheres foram encaminhados para o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho para tratamento da dependência química.
Balanço
Na primeira edição do projeto, um total de 14 pessoas foram encaminhadas para atendimento no Hospital Adauto Botelho e, posteriormente, encaminhadas para internações em comunidades terapêuticas.