segunda-feira, 08/07/2024
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ONU volta a discutir sanções contra Coréia do Norte

Antes da adoção de medidas de represália, um funcionário norte-coreano advertiu que seu país pode disparar um míssil com ogiva nuclear se os Estados Unidos se negarem a fazer concessões.

O governo sul-coreano considerou “autêntico” o teste nuclear, mas disse que ainda não reconhece a Coréia do Norte como uma nova potência nuclear mundial. “Dentro de umas duas semanas” será possível avaliar o êxito do teste, esclareceu Song Min-soon, o principal conselheiro presidencial para a segurança.

Numerosos países observaram sinais de um sismo artificial procedente do nordeste da Coréia da Norte, onde aparentemente fica o local do teste, mas não puderam confirmar se se tratava de um teste nuclear. Os Estados Unidos disseram que precisariam de dois dias para confirmar formalmente a autenticidade do teste.

Enquanto o governo japonês pede uma resolução “invocando o Capítulo VII” (da Carta da ONU), que prevê entre outras coisas o uso da força, a China se mostrou prudente e se limitou a pedir “medidas apropriadas”.

A China, que continua sendo o principal apoio da Coréia do Norte, nunca foi a favor de sanções contra seu vizinho. No entanto, o porta-voz da chancelaria chinesa afirmou que o ensaio nuclear terá “um impacto negativo” nas relações sino-norte-coreanas.

O Japão, que preside o Conselho de Segurança este mês, “trata de obter uma resposta rápida”, reiterou o primeiro-ministro Shinzo Abe, que prometeu que seu país não fabricará a bomba atômica.

O ministro de Relações Exteriores japonês, Taro Aso, informou ao minitro chinês Li Zhaoxing que seu país quer utilizar “o diálogo e a pressão”, segundo comunicado da chancelaria.

Por sua vez, a Coréia do Sul colocou em estado de alerta seus 650.000 soldados, e o presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, realizou numerosas consultas políticas para preparar a resposta “firme” que prometeu à Coréia do Norte.

Sanções da ONU

O projeto de resolução da ONU “condena o teste nuclear”, “exige o retorno imediato e sem condições prévias da Coréia do Norte às negociações” e “seu regresso ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e às garantias da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O projeto de resolução exige também “o abandono por Pyongyang de seu programa de armamento nuclear e de seus programas nucleares”. Em termos de sanções, este documento prevê um embargo sobre “as armas e materiais conexos”, “os materiais vinculados à tecnologia nuclear e à dos mísseis”, assim como sobre “a mercadoria de luxo”.

O texto prevê igualmente “o congelamento dos ativos ou recursos financeiros no exterior vinculados a essas atividades”. O Japão propôs um anexo com propostas mais firmes, que incluem uma proibição total do acesso dos barcos norte-coreanos aos portos de outros países, assim como o acesso dos aviões norte-coreanos aos aeroportos.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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