Maduro foi proclamado vencedor com 52% dos votos para um terceiro mandato de seis anos, mas a oposição denuncia fraude
Türk pediu “a libertação imediata de todas as pessoas que foram detidas arbitrariamente, e garantias de julgamentos justos para todas as pessoas detidas”. “O uso desproporcional da força por parte das forças de segurança e os ataques contra manifestantes por parte de pessoas armadas que apoiam o governo, alguns dos quais resultaram em mortes, não devem ser repetidos”, completou. Também há relatos de atos de violência contra funcionários e edifícios públicos por parte de alguns manifestantes, destacou o alto comissário. “A violência nunca é a resposta”, destacou. Türk também expressou preocupação com a possível aprovação de um projeto de lei sobre o monitoramento e financiamento de organizações não governamentais, assim como a respeito de outro projeto de lei “contra o fascismo, o neofascismo e expressões similares”.
“Apelo às autoridades que não adotem estas ou outras leis que minam o espaço cívico e democrático no país, no interesse da coesão social e do futuro do país”, insistiu Türk. O Alto Comissariado da ONU não tem mais funcionários na Venezuela, desde que Caracas pediu a suspensão das suas atividades em fevereiro por ter denunciado a detenção de um ativista dos direitos humanos. Em abril, Maduro anunciou que o escritório da agência seria reaberto, mas “ainda não foram autorizados a retornar, as negociações estão paralisadas atualmente”, disse a porta-voz Shamdasani.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações da AFP