O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira que as autoridades dos 195 países que participam da Cúpula do Clima (COP-21), em Paris, cheguem a um acordo firme para limitar o aquecimento global e facilitar o uso de energia limpa. Segundo ele, "relógio está correndo em direção a uma catástrofe climática".
"Fora dessas salas de negociação há uma maré mundial crescente de apoio a um acordo forte, universal", disse o secretário-geral a ministros das Relações Exteriores e do Meio Ambiente. Ban Ki-moon ainda pediu que os negociadores não se acovardem na hora de fazer escolhas difíceis e cheguem a um "acordo transformador".
Essa semana será decisiva para a COP-21, que acontece até sexta-feira e tem como principal objetivo fechar um acordo sobre formas de limitar o aquecimento global a 2ºC em relação à era pré-industrial. Neste domingo, os ministros encarregados pelas negociações começaram a chegar à capital francesa. Caberá a eles aprovar um texto de 48 páginas elaborado pelos representantes nacionais desde a última semana. As autoridades também serão responsáveis por discutir assuntos mais complexos, como o financiamento de nações mais ricas às mais pobres para ajudá-las a combater as mudanças climáticas e formas de acompanhar os compromissos assumidos por cada país.
Quase todos os representantes nacionais farão um breve discurso ao longo da semana sobre suas políticas e expectativas. A meta é chegar a um acordo final na sexta-feira, mas a previsão, de modo geral, é que as conversações se prolonguem para além dos horários definidos, como ocorreu em outras cúpulas do clima da ONU.
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