O crescimento econômico global vai desacelerar para 1% em 2009, frente à expansão de 2,5% prevista para este ano, à medida que a crise financeira avança, e o mundo pode até mesmo se contrair se os planos de estímulo se mostrarem fracos, informou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relatório sobre a situação econômica mundial e as perspectivas para 2009, uma cópia antecipada do que foi divulgado em uma conferência em Doha nesta segunda-feira, pede pacotes coordenados internacionalmente para limitar o impacto da crise sobre as economias ocidentais de países mais pobres.
As perspectivas de crescimento no ano que vem e o relatório afirmam que o ambiente econômico para economias em desenvolvimento se deteriorou fortemente.
“A maioria das economias desenvolvidas entrou em recessão durante o segundo semestre de 2008, e a desaceleração econômica se espalhou para as economias em desenvolvimento e em transição”, afirmou o relatório.
“Um grande pacote de estímulo fiscal coordenado pelas principais economias poderia evitar uma piora da crise, ainda que não poderia evitar um siginificativo desaquecimento da economia global em 2009.”
O encontro em Doha, com objetivo de avançar nas metas da ONU de reduzir a probreza, tem sido ofuscado pela crise financeira e disputas entre países ricos e em desenvolvimento sobre a reforma do sistema financeiro definido em Bretton Woods.
A falta dos principais líderes ocidentais, assim como de chefes do Banco Central e do Fundo Monetário Internacional (FMI), levantaram questões sobre quanto a conferência pode conseguir.
O presidente francês, Nicolas Sarkosy, foi o único líder ocidental a comparecer, levando o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a repreender os líderes de países ricos por não comparecerem em grande número.
O relatório afirmou que a saída de capital de mercados emergentes para economias desenvolvidas continua sendo maior que a entrada, e os fundos soberanos de mercados emergentes cresceram para cerca de US$ 4 trilhões no final de 2008.
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