Os países menos desenvolvidos – liderados por Cuba, Egito, Paquistão e África do Sul – estão relutantes em recuar a influência sobre as questões administrativas e funcionais que chegam com controle detalhado dos gastos das Nações Unidas. Estas nações mais pobres compõem a maioria decisiva da Assembléia Geral. Mas a maior parte do orçamento da organização vem dos países desenvolvidos, principalmente Estados Unidos, Japão e a União Européia.
A ONU não pode mover adiante a não ser que ambos os grupos estejam satisfeitos. E se não mover adiante, os países menos desenvolvidos sofrerão mais.
Uma reforma crucial daria ao Secretário Geral Kofi Annan autonomia mais flexível para atribuir cargos. A maioria menos desenvolvida recusou a proposta sem rodeios. Uma outra reforma diminuiria severamente as cercas de 9 mil diretrizes de vários tipos que se acumularam durante as décadas – muitas delas datadas e redundantes. A maioria concordou somente com uma redução insignificante.
Os países menos desenvolvidos reclamam que o tom exigente dos doadores envenenou a atmosfera para um senso comum. Isso é parcialmente verdader. O embaixador da ONU nos Estados Unidos, John Bolton, tentou obrigar aqueles que se negam a obedecer com horríveis ameaças financeiras.
Porém, essas críticas fogem do ponto principal. As reformas não são uma concessão a Washington e outros grandes contribuidores. São uma necessidade para todos os países membros da ONU. As Nações Unidas não conseguem funcionar efetivamente no século 21 sob regras administrativas e orçamentárias que foram criadas para uma organização muito menor. Vergonhas sucessivas, como o escândalo do petróleo por alimento deveria ter deixado isso bem claro.