Organizações receberam mais do que órgãos federais de fiscalização ambiental, como Ibama e Funai
Enquanto o Brasil enfrenta os piores incêndios dos últimos vinte anos, as organizações não governamentais (ONGs) estão faturando alto. Segundo o Portal da Transparência, essas entidades, algumas investigadas pela CPI das ONGs, receberam 17% do total de recursos do Ministério do Meio Ambiente, o equivalente a R$315,5 milhões em 2023. Esse valor supera em mais do que o dobro o montante destinado a órgãos do governo, como Ibama, Funai e Embrapa, que juntos receberam apenas R$157,5 milhões.
Entre as ONGs beneficiadas, destaca-se a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), que lidera a lista, embolsando R$16,5 milhões. O volume de recursos destinados a essa única organização ultrapassa até os repasses feitos a prefeituras, como a de Imperatriz (MA), que recebeu R$14,1 milhões, menos que a quantia destinada à Fest.
O governo também repassou mais dinheiro às ONGs do que a organismos internacionais. Instituições como a ONU e a OIT receberam R$219,4 milhões, menos do que o valor destinado às organizações que atuam no Brasil.
Apesar da gravidade da situação ambiental, com incêndios se espalhando por várias regiões do país, as ONGs, curiosamente, não têm se manifestado publicamente sobre o problema. O silêncio dessas entidades, que continuam recebendo grandes somas, levanta suspeitas e críticas.
A CPI das ONGs segue investigando o uso desses recursos, enquanto o país enfrenta dificuldades para controlar os incêndios.
Com informaçãoi do Diario do Poder.