quinta-feira, 07/11/2024
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ONG pede cassação de deputados citados pelo MP como chefes de esquema de fraude no Detran-MT

Organização Não Governamental (ONG) Moral protocolou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) um pedido de cassação contras os deputados Eduardo Botelho e Mauro Savi, ambos do (PSB). Os dois são apontados pelo Ministério Público Estadual (MPE) como chefes de um esquema de desvio de dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).

Ao G1, Botelho – que é presidente da ALMT afirmou que ainda não foi notificado do requerimento. A reportagem não conseguiu contato com Savi.

No pedido, a ONG afirma que houve quebra do decoro parlamentar e solicita a abertura de um processo disciplinar contra os dois deputados.

“Não houve limites para que tudo fosse colocado no mercado da politicagem, todos os interesses da sociedade mato-grossense sendo vendidos a céu aberto em uma feira da ladroagem”, diz trecho do documento.

O requerimento é direcionado a Comissão de Ética Parlamentar da ALMT.

Esquema desviou dinheiro do Detran-MT, segundo o MPE (Foto: Gcom-MT/Divulgação)Esquema desviou dinheiro do Detran-MT, segundo o MPE (Foto: Gcom-MT/Divulgação)

Esquema desviou dinheiro do Detran-MT, segundo o MPE (Foto: Gcom-MT/Divulgação)

Esquema

Os desvios denunciados pelo MPE são investigados na Operação Bereré.

De acordo com o MP, o esquema começou a vigorar em 2009, quando o ex-presidente do Detran-MT, Teodoro Lopes, o Dóia assumiu o cargo.

Em delação, Dóia disse que o esquema começou na gestão do ex-governador Silval Barbosa (MDB), com a indicação dele ao cargo. A sugestão teria sido feita pelo deputado Mauro Savi.

De acordo com o depoimento dele, os investigados, entre eles Savi e Botelho, se organizaram, “a fim de garantir a continuidade do contrato, formando uma rede proteção em troca do recebimento de vantagens pecuniárias”.

Ao todo, 30% do valor recebido pela empresa usada para o desvio era repassado ao integrantes da quadrilha.

Savi e Botelho ocupavam papel de destaque e integravam o núcleo de liderança no esquema. Segundo o MP, eles detinham o poder de escolher e fazer valer as vontades deles.

“Para o desempenho destas funções, os integrantes deste núcleo se valem do poder puramente político e/ou poder político-funcional”, diz trecho do inquérito policial.

O esquema, de acordo com o MP, é formando ainda por dois núcleos: o de operação e o de subalternos.

Fonte: G1-MT

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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