Os líderes do G8 estarão reunidos de 15 a 17 de julho em São Petersburgo, na Rússia.
“Cumprimentamos o G8 pela decisão de abordar a questão das doenças infecciosas, e pedimos que cumpram com seus compromissos na área da saúde e com relação às vidas das pessoas nos países mais pobres”, ressaltaram, em declaração conjunta, a OMS e outras três organizações internacionais que trabalham com questões de saúde.
Nesse documento, a OMS, a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi), o Programa das Nações Unidas para a aids (Unaids) e o Fundo Global de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária lembram que a tuberculose, a malária e a aids desaceleram o desenvolvimento econômico e aumentam a pobreza.
Com relação à gripe aviária, declaram que a ameaça de uma pandemia fez com que a comunidade internacional voltasse sua atenção para a “necessidade de preparar melhor todos os países para reduzir o número potencial de mortos e doentes, e com isso diminuir suas eventuais conseqüências econômicas”.
Além disso, lembram que em 2005, na cúpula do G8 em Gleneagles, na Escócia, os países que compõem o grupo ofereceram apoio com o objetivo de que todas as pessoas infectadas pelo vírus da aids tenham acesso a tratamentos com medicamentos antiretrovirais.
Citado na declaração, o diretor do Unaids, Peter Piot, afirma que “embora tenha se avançado muito em temas como a prevenção e o acesso a tratamentos, a epidemia segue superando a capacidade de resposta internacional”.
As quatro organizações também pedem ao G8 que elimine parte da dívida dos 18 países mais pobres, duplique a ajuda à África e aumente os investimentos no setor da saúde, como prometeu em 2005.
A OMS, cujo diretor-geral interino, Anders Nordstrom, estará presente na cúpula de São Petersburgo, adverte também sobre o fato de que, especialmente nos 57 países mais pobres do mundo, não há médicos, enfermeiras e analistas de laboratório suficientes.
“Os líderes do G8 podem tomar medidas nos âmbitos financeiro, educativo, sanitário e de migração para melhorar as oportunidades dos trabalhadores do setor da saúde e para que estes fiquem nos países onde são mais necessários”, avalia Nordstrom na declaração.