domingo, 22/12/2024
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Oito pessoas já foram presas na Operação Asafe da Polícia Federal

Os 125 policiais federais que participam da Operação Asafe, deflagrada na manhã desta terça-feira em Cuiabá, já prenderam oito pessoas. Outra pessoa está sendo procurada pela polícia. No total, a PF cumpre 9 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão na operação contra suposta prática de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

As pessoas presas, entre elas quatro advogados, foram interrogadas na Superintendência da Polícia Federal em Cuiabá, sendo que cinco já foram encaminhadas à Polinter. Os mandados de busca foram cumpridos em residências e escritórios de advocacia. Entre os locais visitados pelos policiais federais está a casa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Cury foi aposentado compulsoriamente no início do ano por determinação do Conselho Nacional de Justiça.

Os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Jarbas Nascimento, ex-chefe de gabinete do desembargador aposentado, no bairro Boa Esperança. O advogado de Jarbas, Otto Medeiros, disse à TV Centro América que o ex-chefe de gabinete está prestando depoimento na sede da PF.

Seis membros do Ministério Público Federal e 10 representantes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, também acompanharam os policiais no cumprimento dos mandados em Cuiabá, Várzea Grande e Alto Paraguai.

A investigação

A investigação que resultou na Operação Asafe, da Polícia Federal, foi determinada pela ministra Fátima Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A apuração começou há três anos quando a Polícia Federal em Goiás verificou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.

O inquérito judicial que apura o caso foi aberto pela ministra Nancy Andrighi no STJ e corre em segredo de justiça. Por conta disso, a PF não prestará informações sobre as investigações. A Polícia Federal apenas informou que pretende ouvir 40 pessoas durante a investigação.

Os crimes investigados são de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. A Polícia Federal explicou que o crime de exploração de prestígio é diferente do tráfico de influência, porque não envolve servidor público, mas pessoas ligadas a eles.

A investigação foi denominada Asafe em referência ao profeta que escreveu o Salmo 82 da bíblia.

Confira abaixo o Salmo 82

[Salmo de Asafe] Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses.
Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? (Selá.)
Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado.
Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.
Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam.
Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.
Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes.
Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.

Fonte:TVCA

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Parmenas Alt
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