“Com esta obra estaremos eliminando todos os poços artesianos construídos no passado nesta região e que não resolveram o problema da população”. Com a frase, o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, detalhou a um grupo de
presidentes de bairros, vereadores, jornalistas e empresários o funcionamento das duas unidades do Reservatório Apoiado – RAP – na avenida
31 de Março, no bairro Cristo Rei, que terão capacidade de 6 milhões de litros.
Logo após, foi realizado um giro pelas obras de distribuição de água e rede de esgoto com recursos do Governo Federal que tem contrapartida dos governos estadual e municipal.
Murilo esclareceu que dos sete lotes licitados apenas um foi paralisado por
excesso de itens na licitação. “Tivemos uma das obras parada a pedido do
Ministério Público Federal por ter entendido que o edital elaborado pela
prefeitura de Várzea Grande estava muito complexo. Podemos ter cometido
excesso de zelo para evitar que empresas assumissem obras e não tivessem
condições de trabalho para executá-las e nos deixassem na mão”, explicou.
De acordo com o prefeito o que garantiu a assinatura do convênio na presença
do presidente Lula enquanto outros municípios assinaram protocolos foi a
capacidade de endividamento do município. “Durante praticamente os três
primeiros anos da gestão preparamos o município e a prefeitura para garantir
as contrapartidas desses convênios” – disse.
Murilo lembrou que quando da municipalização da Sanemat, há 17 anos, o
município nunca pagou sua dívida com o Estado. Agora, com a negociação com o
Governo e tendo o DAE (Departamento de Água e Esgoto) como patrimônio
municipal, aumenta a capacidade do município de captar recursos federais e
estaduais.
Murilo também enumerou as melhorias do sistema de abastecimento de água de
até 75% do perímetro urbano e 90% da população; melhoria com a construção de
novas captadoras de água e substituição dos equipamentos existentes;
reformas nas estações de tratamento de água, construção de novos centros de
reservação com maior capacidade; reformas e construções de estações
elevatórias de água tratada; implantação de sub-adutoras de água tratada,
substituição das redes de distribuição de água em cimento amianto, além da
aquisição e assentamento de 15 mil hidrômetros.
Murilo Domingos destacou que o desafio de sua administração foi de
solucionar o problema crônico de abastecimento de água de Várzea Grande.
“Esse problema se arrasta desde a fundação do município – 140 anos -, agora
será resolvido. É por isso que aceitamos o desafio. Também não podemos
esquecer que as empresas que trabalham nestas obras foram formadas por um
grande consórcio de empresas regionais”, lembrou.
O presidente da associação de presidentes de bairros, Matheus Magalhães,
explicou que reside em Várzea Grande há mais de 30 anos e até então nenhum
administrador conseguiu trazer recursos desse aporte para obras tão
necessárias. “Até hoje o município possui apenas 10% de esgotamento
sanitário, com a conclusão das obras do PAC saltaremos para uma cobertura de
90% da cidade. E o Ministério paralisa algo tão importante para nossa
população? Vamos fazer uma lista com 10 mil assinaturas e protocolar na
Corregedoria do Ministério Público para que fiscalize a própria
instituição”, questionou.
Os convidados visitaram as obras da estação de captação de água onde duas
bombas estão sendo instaladas duas bombas com vazão de 500 litros por
segundo; e a Estação de Tratamento de Água da Avenida Ulisses Pompeu de
Campos.
A comitiva também percorreu os bairros Jardim Glória, Asa Bela e Nova
Fronteira onde a comitiva pode verificar os depósitos com mais de R$ 10 milhões em materiais que estão sendo utilizados nas obras.