Segundo os Institutos Nacionais da Saúde, cerca de 60% dos americanos são obesos ou sofrem de excesso de peso. A Sociedade do Câncer dos EUA informa que a cada ano cerca de 14.500 pessoas desenvolvem câncer de esôfago no país.
“O tipo de paciente que atualmente sofre câncer de esôfago mudou de maneira considerável nos últimos anos”, afirmou Mark Orringer, professor de cirurgia da Escola de Medicina da Universidade de Michigan.
Orringer explicou que até há pouco o câncer de esôfago era principalmente vinculado a álcool ou fumo. Mas, de maneira paralela à “horrenda” epidemia de obesidade, “houve um aumento de 350% no aumento do adenocarcinona nos últimos 30 anos”, acrescentou.
Atualmente, 85% dos tumores de esôfago extirpados no país são adenocarcinomas, em sua maioria relacionados com a obesidade e a doença do refluxo. Os outros 15% são carcinomas escamosos, tipicamente vinculados ao fumo e ao álcool.
Há duas décadas, a proporção era o inverso, segundo os cientistas.
O adenocarcinona é com freqüência resultado da doença do refluxo crônico, na qual os ácidos gástricos sobem para o esôfago, desgastando as paredes internas do órgão. O corpo então tenta recuperar a proteção, criando uma camada semelhante à dos intestinos.
Segundo estudos médicos, as pessoas que desenvolvem essa camada no esôfago correm maior perigo de desenvolver um carcinoma.
“O refluxo é um problema extraordinariamente comum numa sociedade obesa. Se a acidez estomacal é persistente ou crônica, os pacientes devem se submeter a um exame exaustivo e a uma endoscopia para determinar se há um maior perigo de câncer”, afirmou Orringer.
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