Com a ajuda do namorado, uma menina de 15 anos assassinou brutalmente a própria mãe em sua casa, na cidade rural de Kvisse, na Dinamarca. De acordo com a investigação, a garota estava obcecada pelo Estado Islâmico e praticou o crime após passar horas assistindo a vídeos de decapitação produzidos pelo grupo terrorista.
De acordo com a imprensa internacional, Lisa Borch assassinou a mãe, Tina Römer Holtegaard, com ao menos 20 facadas em outubro, em um período em que vinha assistindo aos vídeos das decapitações dos reféns David Haines e Alan Henning no You Tube.
Lisa alegou inocência na época do assassinato. Logo depois do crime, ela chamou a polícia em tom de voz desesperado, dizendo haver sangue em toda parte, e garantindo ter ouvido "a mãe gritar e, quando olhei pela janela, vi um homem branco correndo para longe".
A investigação, no entanto, começou a derrubar sua versão tão logo a apuração do caso foi iniciada, quando os policiais foram à casa da vítima e encontraram a adolescente brincando tranquilamente ao telefone celular.
"Ela assistiu [aos vídeos de decapitação] por toda a noite", disseram os promotores do caso. Segundo eles, a jovem planejava viajar à Síria com o namorado, o iraquiano Bakhtiar Mohammed Abdulla, por quem se apaixonou em um centro de refugiados em sua cidade, para se juntar ao Estado Islâmico.
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Ela foi condenada a nove anos de prisão – sendo os dois primeiros a serem cumpridos em instituições voltadas para menores de idade. O namorado, a 13 anos – seguidos de deportação automática da Dinamarca.
"Foi um assassinato cometido a sangue-frio, de forma bestial", disse a promotora Karina Skou. Ela ressaltou que, antes de cometer o crime, Lisa chegou a mostrar a faca com que mataria a mãe à irmã, que não teria acreditado no comentário.
A investigação não soube dizer quem esfaqueou a mulher, mas chegou à conclusão de que Lisa e o namorado foram ambos responsáveis pelo assassinato.