O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira trabalhar em prol de “uma paz duradoura” no Oriente Médio, durante uma conversa por telefone com o dirigente palestino Mahmud Abbas, anunciaram representantes da Autoridade Palestina.
Obama, que teve a iniciativa de ligar para Abbas, disse ao presidente palestino que pretende “trabalhar com ele como parceiro para instaurar uma paz duradoura na região”, afirmou o porta-voz de Abbas, Nabil Abu Rudeina. “Ele afirmou que se esforçará ao máximo para alcançar este objetivo o mais rápido possível”, destacou.
Segundo Rudeina, o presidente americano ressaltou durante a conversa que Abbas foi o primeiro dirigente com quem ele falou no telefone desde sua posse, na terça-feira. “O presidente Obama garantiu que seu governo trabalhará com o presidente Abbas para construir as instituições palestinas”, prosseguiu o porta-voz.
“O presidente Abbas o exortou a trabalhar para chegar a uma paz baseada nas resoluções internacionais”, acrescentou. Outro alto funcionário palestino, o negociador Saeb Erakat, afirmou que os dois dirigentes “concordaram em trabalhar juntos sem demora para alcançar a paz”.
“Não esperávamos uma ligação do presidente Obama tão cedo, mas sabíamos que ele leva muito a sério o problema palestino”, declarou outro colaborador de Abbas, Yasser Abed Rabbo. “A rapidez com a qual foi dada esta ligação é uma mensagem assinalando a todas as partes envolvidas que o povo palestino tem um único endereço, e este endereço é o presidente Abbas”, acrescentou. A legimitidade de Abbas é contestada pelo movimento radical islâmico Hamas, que expulsou seu partido, o Fatah, da Faixa de Gaza, em junho de 2007.
“Esta mensagem, depois do massacre israelense em Gaza, mostra que o presidente Obama está ciente de que a única solução a esta tragédia é uma resolução política que garanta os direitos do povo palestino”, analisou Rabbo. O líder palestino se referia à ofensiva israelense contra o Hamas na Faixa de Gaza, que deixou mais de 1,3 mil mortos. O Exército de Israel encerrou nesta quarta-feira sua retirada do território palestino.
AFP/Terra