Três homens exibindo fotos de fetos pedem, diante do centro de eventos em Charlotte que abriga parte da convenção democrata, o fim do "desfile de pecados". A três quarteirões, cerca de 300 mulheres defendem "autonomia sobre a saúde reprodutiva".
Uma guerra dos sexos se delineia na eleição presidencial dos EUA, com ambos os lados disputando a atenção feminina e Barack Obama levando a melhor, amparado em sua reforma da saúde.
Segundo o instituto Gallup, que mostra Obama e Mitt Romney empatados na preferência geral, o presidente tem hoje vantagem de sete pontos percentuais entre as mulheres, mas fica atrás do republicano nove pontos entre os homens. Em 2008, 53% dos eleitores eram mulheres.
"Quando se explica aos eleitores, sobretudo às eleitoras, a posição de Obama sobre as mulheres e a de Romney, não sobra muita dúvida sobre em quem votar", prega no palco Sandra Fluke, 31.
Fluke, uma advogada e ativista que está viajando em campanha pelo país, foi chamada de "vadia" pelo radialista conservador Rush Limbaugh por defender a distribuição de anticoncepcionais por planos de saúde, como exige a reforma de Obama.
LUCIANA COELHO
ENVIADA ESPECIAL A CHARLOTTE