O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, vai oferecer à ex-rival, Hillary Clinton, o cargo de secretária de Estado, afirmaram nesta sexta-feira os jornais “The Washington Post”, “Politico” e a rede de TV CNN.
A escolha da senadora por Nova York como chefe da diplomacia americana poderia ser anunciada já no começo de dezembro, após o feriado de Ação de Graças, segundo os colaboradores de Obama, citados pelos dois jornais.
Senadora Hillary Clinton pode receber convite para ocupar Secretaria em dezembro
Segundo o “WP” e o “Politico”, os assessores de Obama disseram ontem à noite que foram superados os empecilhos à nomeação de Hillary, como a revelação dos interesses financeiros de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. Assessores de Hillary não comentaram a versão da equipe de Obama, segundo o “WP”.
Nesta semana, o ex-presidente Bill Clinton concordou com todas as condições impostas pela equipe de transição do presidente eleito Barack Obama para acabar com possíveis polêmicas e conflitos de interesse em potencial para que sua mulher assuma como secretária de Estado do novo governo.
Segundo fontes próximas a Clinton, citadas pelo jornal “The New York Times”, nesta quinta-feira, Clinton aceitou várias restrições em seus negócios e nas suas atividades filantrópicas com a Fundação Clinton. “Eu farei tudo que eles quiserem”, disse Clinton, em uma aparição pública na última quarta-feira.
O histórico dos negócios do ex-presidente é um dos maiores empecilhos para a escolha da senadora para o cargo. Segundo a mídia americana, a minoria republicana no Congresso está disposta a lembrar aos cidadãos sobre a lista de doadores da Fundação Clinton, que o ex-presidente nunca quis revelar, mas que conta com vários nomes estrangeiros, principalmente dos países ricos em petróleo do Golfo.
Senado
Enquanto isso, a direção do grupo democrata no Senado estuda formas de atribuir maiores responsabilidades e poderes a Hillary Clinton, informou hoje em seu site, o jornal “The New York Times”. Segundo o jornal, Hillary pediu, após as eleições de 4 de novembro, para ser integrada à liderança do Partido Democrata no Senado. Desde então, líderes do partido discutem uma forma de acomodá-la, sem prejudicar os atuais líderes.
O pedido de Hillary teria sido feito antes de seu nome aparecer como um dos cotados para a Secretaria de Estado. Pessoas próximas à senadora dizem que ela está avaliando as duas possibilidades –continuar no Congresso ou aceitar o cargo no Executivo. No Senado, Hillary Clinton avalia que teria mais liberdade de ação, além de poder conduzir discussões para aprovação de projetos importantes, como expansão do atendimento do sistema de saúde.
F.Onlinr
