O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve confirmar em discurso nesta segunda-feira que o país seguirá a agenda prevista e encerrará as missões de combate no Iraque no próximo dia 31. Segundo trechos antecipados de seu discurso, Obama deve explicar que o foco americano no país mudará das tropas para os diplomatas.
“Pouco depois de assumir meu cargo, anunciei minha nova estratégia para o Iraque”, dirá Obama no discurso que deverá ser lido na Convenção de Veteranos Deficientes Físicos por causa da Guerra, em Atlanta, Geórgia.
“E deixei claro que em 31 de agosto finalizaremos nossa missão de combate no Iraque. E isso é exatamente o que vamos fazer, como prometemos e está previsto”.
Obama já falava em encerrar a guerra no Iraque em sua campanha presidencial, na qual defendeu que os EUA investissem onde realmente está a ameaça terrorista –o Afeganistão.
Segundo esta agenda, as tropas devem sair gradativamente do país até o fim de 2011 –quando se espera que as forças de segurança iraquianas sejam capazes de assumir o controle.
Esta é, contudo, a grande dúvida dos analistas. O índice da violência no Iraque voltou a subir no mês de julho, no qual morreram 535 pessoas, muito acima dos 284 mortos em junho passado, informaram hoje fontes do Ministério do Interior. O mês foi o mais letal no país nos últimos dois anos.
Entre os falecidos se encontram 89 policiais e soldados iraquianos, dos quais 34 morreram em Bagdá. Do total de mortos, 176 perderam a vida em ataques na capital.
Uma força de transição de 50 mil homens deve permanecer no Iraque para treinar as forças de segurança, conduzir operações de contraterrorismo e dar segurança a civis americanos.
“Não cometam erros: nosso comprometimento no Iraque está mudando, de um esforço militar liderado pelas nossas tropas para um esforço civil liderado por nossos diplomatas”, dirá Obama.
Durante seu discurso nesta segunda-feira, Obama também deve falar sobre os esforços do governo para apoiar as tropas que servem no Iraque e Afeganistão, assim como os veteranos de outras guerras.
“Embora o nosso país tem sido por vezes divididos, eles lutaram juntos como um”, diz Obama. “Enquanto os outros indivíduos e instituições têm se esquivado das responsabilidades, eles as aceitam”.
Após o discurso, Obama deve participar de um almoço de angariação de fundos para o Comitê Nacional Democrata, o seu mais recente esforço para obter verbas para a campanha para as eleições legislativas de novembro.
F.Com