vereador Adevair Cabral (PSDB), um dos sete que acusam o vereador Abilio Junior de quebra de decoro parlamentar, está sendo investigado por assédio sexual de uma ex-servidora da secretaria de Saúde de Cuiabá.
Cabral registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na quinta-feira (31-10) em que acusa Abilio Junior de tê-lo ameaçado com a divulgação de uma foto em que aparece de cuecas. A partir do BO, a polícia começou a investigar o caso e deparou-se com a suspeita de assédio sexual.
A ex-servidora prestou depoimento na sexta-feira (1º) e confirmou que Adevair Cabral a assediou por meio do aplicativo WhatsApp. No dia 23 de maio de 2017 ele enviou uma foto em que aparece na cama vestindo uma cueca ‘samba-canção’.
Numa determinada ocasião, foi chamada pelo vereador a participar de uma reunião na Associação dos Servidores da Prefeitura de Cuiabá, conhecida como ‘Clube Aspe’, para tratar da sua situação funcional. Quando entrou na sala, deparou-se com o vereador se masturbando. Abalada, saiu do local. Apesar disso, ela não registrou boletim de ocorrências na ocasião.
Posteriormente o indicado de Adevair Cabral, que exerce o cargo de coordenador da Regional Norte da equipe de Atenção Básica do Município, Gilson Guimarães, passou a assediá-la. Diante da rejeição por parte da servidora, transferiu-a para várias unidades de saúde do município. A mulher registrou vários Boletins de Ocorrência contra o chefe, entrou em depressão e ficou um período em licença médica. Finalmente foi demitida por Gilson Guimarães, informa o GD.
A denúncia foi publicada em primeira mão pelo telejornalMTT1, na TV Centro América, na sexta-feira (1º-11). A Câmara Municipal fez uma reunião de emergência e o vereador Adevair Cabral disse, por meio de sua assessoria, que vai disponibilizar a quebra de sigilo telefônico de seu celular assim que a denúncia for protocolada.
Segundo o vereador Abilio Junior, ele foi procurado pela vítima e orientou-a a protocolar a denúncia no Ministério Público, apresentando as provas que tem. Abilio negou ter “espalhado” fotos íntimas do colega Adevair cabra, e afirma que apenas mostrou para alguns colegas, para juntos decidirem como denunciar o caso no legislativo.