Polícia Civil, através de investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), esclareceu o homicídio de Welison de Souza Silva, 31, conhecido como “Lelo”, com a identificação dos suspeitos e cumprimento do mandado de prisão preventiva de um dos autores do crime.
Geovane da Cruz, 21, o “Geovaninho”, foi identificado como comparsa de Elinthyerre Roma Santiago, 18, na ação criminosa e teve o mandado de prisão cumprido por homicídio qualificado. Além de auxiliar seu amigo a agredir a vítima até a morte, o suspeito filmou a execução do crime.
Na época dos fatos, Elinthyerre era menor de idade, sendo o procedimento em seu desfavor encaminhado para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA). O suspeito atualmente encontra-se preso por um duplo homicídio praticado pouco tempo depois.
O crime ocorreu na madrugada de 09 de fevereiro de 2017, a vítima foi encontrada já em óbito nas proximidades de uma escola, no bairro Cohab Cristo Rei, em Várzea Grande, com várias perfurações pelo corpo, causadas por objetos cortantes (pedras e tijolos).
No local de crime, foi encontrado ao lado do corpo dois pedaços de tijolos e uma pedra, utilizados como instrumento de execução do crime. O laudo pericial atestou que a vítima sofreu diversas lesões, principalmente na região torácica, as quais motivaram a insuficiência respiratória, causa direta da morte.
Segundo as investigações da DHPP, o crime foi motivado pelo fato de a vítima ter entrado na casa da avó do suspeito Elinhyerre para praticar um roubo. Diante do fato, o suspeito chamou o seu comparsa Geovane, que não só auxiliou a execução do crime, como filmou todo o ritual de agressões físicas praticado contra a vítima.
De acordo com o delegado Caio Fernando Alvares de Albuquerque, ao ser interrogado, Elinthyerre, assumiu a autoria do crime e delatou Geovane, seu amigo de infância e comparsa no crime.
“Elinthyerre para ‘se gabar’ contava sobre a ação criminosa a terceiros, justificando que praticou o crime em represália ao fato de a vítima ter roubado a casa de sua avó. Da mesma forma, Geovane, contou a pessoas próximas que participou da execução, inclusive aparecendo nas filmagens dizendo ’Isso é para você aprender a não entrar na casa dos outros’, enquanto agredia a vítima”, disse o delegado.
Diante dos fatos, foi representado pela prisão preventiva de Geovane, pela prática de homicídio qualificado pelo motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou/dificultou a defesa da vítima, além de corrupção de menores. A ordem judicial foi deferida pela Justiça e cumprida na quarta-feira (26.06), no distrito da Guia. Interrogado, Geovane, assumiu a condição de comparsa no crime e confessou ter filmado a ação criminosa.