Porém, após a sua prisão ser expedida pelo juiz Sérgio Moro, as mesmas contas foram encontradas zeradas depois da Justiça fazer um pedido de bloqueio deste dinheiro ao Banco Central.
Segundo procuradores da Lava Jato, o dinheiro seria proveniente de propinas que Eduardo Cunha teria recebido em ações que ele administrou dentro da Petrobras. Em uma delas, Cunha teria vendido um campo de petróleo em Benin, na África, para um empresário português em 2011 por um valor muito abaixo do mercado. Em troca, ele teria recebido quase R$ 5 milhões de propina.
Toda ação da venda, segundo uma matéria da Folha de S. Paulo, teria sido negociada pela diretoria internacional da Petrobras, que em 2011 era ocupada por Jorge Zelada, homem de confiança indicado ao cargo pelo PMDB.
Em uma nota oficial divulgada pela Justiça Federal do Paraná, Moro determinou a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha afirmando que a sua liberdade representava risco: "à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro)".
 
 
 
 
 
Fonte:CatracaLivre