A partir desta terça-feira, o técnico Paulo César Carpegiani terá um grande pepino para resolver. Nas últimas duas partidas, é inegável afirmar que o São Paulo evoluiu. Marcou sete gols, não levou nenhum e fez o seu torcedor voltar a acreditar que será possível ver o time brigando por títulos. Só que, contra Treze-PB e Bragantino, o treinador não contou com o experiente meia Rivaldo, que estava se recuperando de lesão na coxa direita. Segundo previsão do departamento médico, ele já trabalhará com os companheiros nesta terça, o que faz surgir a pergunta: como o treinador fará para encaixar o camisa 10 na equipe?
Paulo César Carpegiani deixou no ar a possibilidade do pentacampeão ficar como opção no banco de reservas.
– Sem dúvida, o Rivaldo pode somar muito ao grupo. Eu contava muito com ele. Mas, no futebol, acontecem coisas que você não pode prever ali na frente. O ideal seria jogar com 12 em campo (risos), mas eu não posso, teria de mudar o regulamento do futebol. Se eu pensar em modificar, vou ter de experimentar nos treinos. Para modificar, eu preciso ter um ganho. Se chegar a conclusão de que a mudança vai pesar no conjunto, vou conversar com o Rivaldo e com os meus jogadores e procurar a melhor decisão. Não faço nada sem comunicá-los antes – afirmou.
O treinador disse que, nestas duas últimas partidas, com a utilização do esquema 3-5-2 e o retorno de Lucas, gostou muito do rendimento da equipe. Nem ele esperava que o time desse uma resposta tão positiva em pouco tempo.
No futebol, muitas vezes você acerta a equipe no estalo. Com o Flamengo de 81, eu assumi e comecei a fazer modificações. Depois seis ou sete alterações, vencemos o Botafogo de goleada por 6 a 0. Em alguns casos, o treinador não tem mais a força de tirar determinado jogador. É o caso do Lucas. O que posso dizer é que vamos usar o grupo da melhor maneira possível, mas conscientemente – ressaltou.
Carpegiani disse que, se mudasse o esquema tático para o 4-4-2, o problema estaria resolvido e ele repetiria a formação que foi usada no Brasileirão de 2010, quando ele teve quatro homens de frente (Dagoberto, Lucas, Ricardo Oliveira e Fernandinho).
– Eu tenho duas alternativas para usar os quatro (Lucas, Dagoberto, Fernandinho e Rivaldo). Uma seria no 4-4-2, que não é o ideal agora. A outra, no 3-5-2, seria sacar um volante (Rodrigo Souto ou Carlinhos Paraíba), deslocar o Jean para o meio e colocar o Lucas para fazer a ala direita. Só que isso seria um crime com o garoto. Para o Rivaldo jogar, alguém teria de sair – lembrou o treinador.
Rivaldo teve estreia de gala com a camisa do São Paulo. Contra o Linense, fez um gol e foi um dos destaques da vitória por 3 a 2. Depois, em suas apresentações seguidas, contra Botafogo (derrota por 2 a 1) e Portuguesa (vitória por 3 a 2), ele teve desempenho discreto.
GloboEsporte
Marcelo Prado
São Paulo