Centenas de campanhas educativas na área da Saúde são feitas por ano, no país, a fim de difundir a importância da vacinação infantil. No âmbito de Mato Grosso, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR), apresentou projeto de lei que obriga a impressão do quadro de vacinas infantis nas embalagens de leite.
“Todos nós sabemos o quanto são úteis e necessárias as vacinas para a preservação da saúde e como forma de erradicação de doenças, sobretudo as que abrangem as grandes massas populares, especialmente as crianças. Nosso objetivo é levar à população informações relevantes na prevenção de enfermidades que surgem principalmente na infância”, defendeu o autor do projeto, deputado Sérgio Ricardo.
O corpo do referido projeto de lei determina a impressão do quadro de vacinas infantis obrigatórias nas embalagens de leite, na medida em que se torna necessária e mais ampla a divulgação das determinações governamentais acerca da saúde pública. “Esta obviamente há de ser uma das formas mais práticas, econômicas e mais abrangentes possíveis”, justificou o deputado. Um direito constitucional à preservação da saúde é obrigação do Estado e, para o parlamentar, nada mais justo que facilitar ao máximo à população, informações acerca dos temas que diretamente lhe dizem respeito.
AS VACINAS – Aproximadamente 15 vacinas são consideradas pelo Ministério da Saúde como fundamentais no processo de desenvolvimento e crescimento da criança e devem ser aplicadas de zero a seis anos. Para a Poliomelite existem dois tipos de vacina: vacina inativada (IPV – também conhecida como Salk) e a vacina oral (OPV – também chamada de Sabin), ambas são utilizadas no Brasil desde 1962.
Segundo a recomendação oficial da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Pediatria, a vacinação contra Hepatite B deve ser iniciada logo após o nascimento. Já a vacina contra Hepatite A foi desenvolvida a partir do vírus inativado (morto) e confere proteção em praticamente 100% dos indivíduos vacinados. É indicada para crianças a partir de um ano de vida.
A vacina contra Tuberculose surgiu no ano de 1920, em Paris, sendo chamada de BCG, foi utilizada pela primeira vez sob a forma oral, mas, atualmente é aplicada por via intradérmica no braço direito.
A vacina contra Varicela (catapora) foi desenvolvida a partir do enfraquecimento (atenuação) do vírus, que propicia o desenvolvimento de imunidade sem causar doença e pode ser aplicada em crianças a partir de um ano de idade, em dose única preferencialmente no braço.
O Haemophilus influenza tipo B era um dos principais agentes causadores de Meningites antes da introdução da vacina no calendário de diversos países. A vacina deve ser aplicada a partir de dois meses de idade e pode ser aplicada em conjunto com outras vacinas como: Pólio, Tríplice e Hepatite B (na mesma seringa). Há ainda as vacinas: Anti-Meningocócica C Conjugada, Anti-Pneumocócica, Anti-Haemophilus e contra Meningite Bacteriana – Meningocócica do tipo C.
O Pneumococo é uma bactéria causadora de várias doenças graves em crianças, especialmente nas menores de dois anos de idade: Pneumonias, Meningites, Septicemias, Sinusites e Otites. A tríplice DTP é uma vacina que protege contra as seguintes doenças: Difteria, Coqueluche e Tétano e deve ser aplicada a partir dos dois meses de idade. Na tentativa de diminuir os efeitos colaterais às vezes causados por ela, criou-se a Tríplice DPaT. Já a Tríplice Viral (SCR) é um composto contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola. Como funciona? Combina os três vírus vivos que atenuados são capazes de induzir a imunidade na pessoa que a recebe, sem desenvolver doença.