A verdade é que o governo Lula gasta muito e gasta mal o que não tem, contando com um dinheiro que não existe
O jargão corporativo, “o papel aceita tudo”, é quase um mantra nas administrações petistas, haja vista a “nova matriz econômica” de Dilma Rousseff e companhia, que levou o Brasil ao triênio mais recessivo de sua história. Mas na atual, Lula 3, a companheirada tem se superado. Quem disse? Os fatos, ué.
Por exemplo. O governo federal previu um ganho de cerca de 55 bilhões de reais de arrecadação para 2024, oriunda dos processos em curso no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), após a mudança que garantiu ao Estado o chamado voto de qualidade.
Frustrada a expectativa inicial, diminuiu a projeção para cerca de 38 bilhões de reais, em julho passado, mas até então, a arrecadação foi de parcos 83 milhões de reais até agosto, lembrando que os “matemágicos” ainda preveem arrecadar 900 milhões de reais até o fim do ano.
Só bola fora
Outro chute monumental foi a projeção sobre as chamadas subvenções ao ICMS, incentivo fiscal para as empresas e os setores “amigos dos amigos de meu pai”, que resultaram em uma receita de 35 bilhões de reais, e depois foi reduzida a pouco mais de 9 bilhões.
Este governo erra tanto e tão alto, que nem mesmo as boas notícias são corretas. Segundo matéria do portal O Fator, parceiro de O Antagonista em Minas Gerais, a Coordenação-Geral de Apostas do ministério da Fazenda previa 10 bilhões de reais por ano, em apostas, contra os 20 bilhões, por mês, só através de Pix, verificadas atualmente.
A verdade é que Lula gasta – muito e mal – o que não tem, contando com um dinheiro que não existe. O próprio Tribunal de Contas da União (TCU), já alertou o ministro Fernando Haddad acerca do risco de não cumprimento da meta fiscal deste ano.
Toda arrogância será castigada
O diabo é que nem “Taxadd” nem a Alma Mais Honesta Deff Paíff parecem acreditar nos números reais, e preferem amparar-se em planilhas otimistas, apresentadas por “matemágicos” e puxa-sacos sem coragem para lhes dizerem a verdade, contrariando as crenças econômicas de quem já provou não entender do riscado..
Há no O Antagonista, hoje, quinta-feira, 3, uma excelente análise a respeito das contas do Brasil e as falhas que incorrem as agências classificadoras de risco. Outros economistas de renome apontam a corrosão rápida das contas públicas, e o risco cada vez maior de total descontrole do déficit fiscal.
A teimosia do lulopetismo é velha conhecida, e comprovando o que disse Charles-Maurice Talleirand-Périgot (1754-1838) sobre os Bourbon, “Não aprenderam nada, não esqueceram nada”, caminhamos para padecer, novamente, daqui um, dois ou três anos, de nova e severa crise socioeconômica, fruto da incompetência dessa gente arrogante.