quinta-feira, 21/11/2024
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O Antagonista: O que o Itamaraty quer esconder sobre a Venezuela?

Ministério das Relações Exteriores colocou seis ofícios enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a farsa eleitoral de Nicolás Maduro sob sigilo de cinco anos

Os ofícios enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a farsa eleitoral de Nicolás Maduro na Venezuela sob sigilo de cinco anos, registrou O Globo.

Os ofícios foram solicitados via Lei de Acesso à Informação pelo jornal após revelar que o governo Lula pressionou a Corte Eleitoral a enviar observadores ao país vizinho para acompanhar a votação de 28 de julho.

Provenientes da divisão de Colômbia, Guiana, Suriname e Venezuela do Ministério das Relações Exteriores, os documentos foram classificados como “reservados” pelo embaixador João Marcelo Galvão de Queiroz, diretor do Departamento de América do Sul do Itamaraty.

As razões para a classificação estão protegidas sob uma tarja preta.

Os três primeiros ofícios, que tratam de temas como observação internacional às eleições presidenciais venezuelanas”“registro eleitoral nas eleições venezuelanas” e “convite a representantes do TSE para que observem as eleições presidenciais venezuelanas”, foram enviados ao TSE, ainda sob a presidência do ministro Alexandre de Moraes, entre 15 de abril e 17 de maio.

Os demais, enviados ao TSE com os tópicos “missões internacionais de observação eleitoral nas eleições locais”“exercício de simulação das eleições presidenciais venezuelanas” e “observação internacional às eleições presidenciais venezuelanas”, chegaram a Corte entre 28 de junho e 12 de julho, já sob a gestão de Cármen Lúcia.

A desculpa do Itamaraty

Valendo-se de um trecho da Lei de Acesso à Informação, o embaixador Galvão de Queiroz alegou que as informações solicitadas pelo jornal são consideradas “imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado” e, portanto, “passíveis de classificação”.

A divulgação dos ofícios poderia, segundo o embaixador, “prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais”.

O vai e vem do TSE sobre a Venezuela

Ainda sobre a gestão de Moraes, a Corte Eleitoral negou o envio de observadores à Venezuela. Contudo, em meio à pressão do governo Lula, o TSE mudou de ideia e decidiu enviar dois técnicos para as “eleições” venezuelanas.

Em 24 de julho, o Tribunal Superior Eleitoral brasileiro recuou e rejeitou o envio de representantes ao país vizinho.

O motivo da recusa foram as declarações do ditador Nicolás Maduro que, ao tentar defender a farsa eleitoral que estava preparando, disse que as urnas no Brasil não são auditadas, o que é falso.

O Antagonista

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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