Entre os principais registros estão: golpes pessoais, aluguel, cobrança indevida, leilão e a clonagem do whatsapp
Cada vez mais atividades do cotidiano são realizadas pela internet e a dependência desses serviços aumenta os riscos de golpe online. Em Mato Grosso, no primeiro semestre deste ano, os casos de estelionato aumentaram 19% em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve 7.491 casos registrados entre janeiro e junho de 2021 e 6.309 no mesmo período de 2020.
O levantamento foi feito pela Superintendência do Observatório de Segurança da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Uma das iniciativas mais comuns dentro do estelionato são os golpes pessoais, aluguel, cobrança indevida e leilão, que representam 28% dos crimes de estelionato.
Outra prática muito comum, é a clonagem do WhatsApp, responsável por 27% das ocorrências registradas em Mato Grosso. Para isso, as pessoas precisam ficar atentas, proteger os dados e desconfiar de qualquer mensagem que chegue pedindo um código. Os criminosos enganam os usuários para obter esse código de verificação. Dessa forma, quando fornecido, o acesso a conta do WhatsApp da vítima fica livre para a aplicação de golpes.
As demais ocorrências registradas em Mato Grosso neste primeiro semestre do ano são: golpes por sites de comércio eletrônico e redes sociais (21%); transação financeira sem autorização do titular, como o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), auxílio emergencial ou empréstimo (12%); boleto e código de barra falso (4%); cartão clonado (4%); SMS ou Link falso que quando acessado furta os dados da vítima (2%); outros golpes (cheque clonado, depósito com envelope vazio, documento falso), com 2%; e golpe do motoboy (1%).
Em Cuiabá, foram 1.827 registros de estelionato entre janeiro e junho de 2021. Houve uma diminuição de 2%, quando comparado com o mesmo período de 2020, quando foram registradas 1.861 ocorrências.
De acordo com a superintendente do Observatório de Segurança Pública, Tatiana Pilger, outro fator que contribuiu para o aumento do estelionato foi à pandemia, visto que as pessoas não saiam de casa e todas as transações eram feitas pela internet. Para isso ela faz um alerta.
“Com a redução da circulação das pessoas, e com o aumento das transações financeiras pela internet, e em muitas ocasiões pelo WhatsApp, o crime acabou migrando, conseguimos observar que houve uma redução dos roubos em geral, o furto e roubo de veículos diminuíram, porém, o estelionato aumentou. Para isso, é preciso ficar em alerta e proteger os dados, não transferir dinheiro sem antes checar com a pessoa, não fazer pagamento sem confirmar o destinatário do boleto, assim como, ter cuidados em sites e nas redes sociais”, pontuou a superintendente.
Como se cuidar
O primeiro passo é nunca passar os dados pessoais a ninguém, assim como não repassar nenhum código fornecido por SMS e nem qualquer outra informação que seja suspeita. Desconfie de preços muito abaixo do valor de mercado.
Outra alternativa para se evitar cair nos golpes, é ter muito cuidado com e-mails de promoções que possuam links. Ao receber um e-mail não solicitado ou de um site, no qual não esteja cadastrado para receber promoções, é importante verificar se realmente se trata de uma empresa confiável.
No caso de aplicativos como WhatsApp e Instagram, que costumam ser clonados, é importante adotar a autenticação de dois fatores ou de duas etapas. É um procedimento simples que, se ativado, exigirá, além do código de ativação, mais uma senha para acesso da rede social em outro aparelho ou na web
Onde denunciar
A vítima que cair neste golpe de estelionato, pode recorrer à Delegacia Especializada de Estelionato e outras fraudes, localizada no interior da 3ª Delegacia de Polícia, na avenida Dante Martins de Oliveira, s/n, bairro Planalto, em Cuiabá, ou por meio do telefone (65) 3901-4246.
Ou ainda se preferir o cidadão pode registrar a ocorrência pela delegacia virtual pelo site: https://portal.sesp.mt.gov.br/delegacia-web/pages/home.seam. Outra alternativa é site: e-denuncias: https://portal2.sesp.mt.gov.br/e-denuncias.
(Com supervisão de Débora Siqueira)