Estudo indica que os homens tem uma visão distorcida das mulheres jovens quando o assunto é sexo, e especialista enxerga isso como um preconceito
Na juventude, os hormônios ficam à flor da pele e é comum o desejo sexual ficar aflorado, tanto que boa parte dos homens com menos de 35 anos acredita que as mulheres jovens costumam ter em média 33 relações sexuais por mês. Já os homens mais velhos acreditam que elas fazem sexo por volta de 14 vezes em um mês.
Esses dados são de uma pesquisa, realizada pelo Instituto de Políticas do King’s College London, que busca entender como é a visão das pessoas sobre o sexo. O estudo indica que, no geral, tanto as mulheres quanto os homens de 18 a 29 anos têm relações sexuais cerca de 12 vezes por mês.
A pesquisa foi realizada com jovens britânicos e, por lá, foi constado que a média de relações entre homens e mulheres que estão no auge da juventude é menor, por volta de cinco vezes por mês. As mulheres também não acertaram o número de relações que os homens têm por mês e responderam que os jovens do sexo masculino faziam sexo 14 vezes por mês.
O professor de política pública Bobby Duffy é o principal autor da pesquisa e, ao analisar os resultados obtidos, ele acredita que há duas explicações possíveis para essa ideia distorcida que os homens têm sobre o quantidade de vezes que as mulheres estão tendo relações.
“Ambas as hipóteses estão relacionadas ao que nos é dito pela mídia e a influências culturais mais amplas, assim como a forma como pensamos e os preconceitos e truques que nosso cérebro exerce sobre nós”, afirma Duffy em entrevista ao portal britânico “The Independent”.
Relações sexuais x julgamentos
É claro que a mulher pode ter quantas relações ela quiser, mas o que o professor tanta alertar é que por trás dessa opinião dos homens não está o pensamento de que é a mulher é livre para fazer e transar com quem ela quiser, mas, sim, um pré-julgamento baseado na imagem feminina.
“Os erros massivos dos homens são, portanto, provavelmente gerados a partir de uma imagem mental distorcida, retirada da representação das mulheres nos meios de comunicação, entretenimento, publicidade e inúmeras outros fatores culturais, combinadas com os egos frágeis dos homens, pensando que as mulheres estão tendo mais relações sexuais do que eles”, conclui Duffy.