O número de indústrias que investem em inovação tecnológica no País cresceu 8,4% de 2003 para 2005, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). Em 2003, último ano em que a pesquisa havia sido realizada, eram 28.036 empresas inovadoras na indústria, contra 30.377 em 2005.
Das 32,8 mil empresas de todo o País que investiram em inovação tecnológica de produtos ou processos, 30.377 são industriais e 2.418 de serviços de alta intensidade tecnológica (telecomunicações, informática e pesquisa e desenvolvimento), investigados pela primeira vez pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2005).
O Estado de São Paulo reúne 35,3% das empresas industriais inovadoras e, do total do gasto industrial em inovação em todo o País, mais da metade (55,6%) foi efetuado pelas empresas paulistas.
Realizada em parceria com a FINEP, do Ministério da Ciência e Tecnologia, a pesquisa do IBGE mostra que, de 2003 a 2005, o número de empresa inovadoras na indústria aumentou 8,4%, mas manteve-se constante a participação delas no total das empresas industriais (33,4%). Nas Telecomunicações, 45,9% de suas empresas inovaram; na Informática este percentual foi de 57,6%.
Além disso, houve aumento da parcela do faturamento das empresas industriais gasta com inovações: de 2,5% em 2003 para 2,8% em 2005. Segundo a Pintec 2005, os principais obstáculos para inovação apontados pelos empresários são os custos elevados, riscos econômicos e escassez de fontes de financiamento.
Das 33 atividades industriais observadas nos períodos 2001-2003 e 2003-2005, 21 obtiveram aumento nas taxas de inovação. Mas isso as taxas de inovação da indústria nos dois triênios, 33,3% e 33,4%, respectivamente, ficasse praticamente estável.
O movimento setorial que determinou a estabilidade na média está no conjunto das atividades que se retraíram, a maioria constituída pelas que concentram forte presença de empresas de menor porte (10 a 49 empregados).
De acordo com o IBGE, este é o segmento que mais influi na média nacional, por representar 79,4% do universo pesquisado.
Com exceção das empresas deste segmento, houve crescimento das taxas de inovação em todas as outras faixas de tamanho, e uma elevação generalizada das taxas de inovação de produtos e de processos novos para o mercado nacional.