Entre janeiro e novembro deste ano, as notificações de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, mosquito causador da dengue, chikungunya e zika vírus, tiveram queda na comparação com o mesmo período de 2016. Os casos de dengue diminuíram 83,7%, assim como os óbitos, que tiveram redução de 82,4%.
Ainda caso para atenção, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo. O maior surto no Brasil ocorreu no ano de 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados.
O controle está centrado na redução da presença do mosquito. Campanhas do Ministério da Saúde alertam para os cuidados com a limpeza nas casas e nas ruas, para a eliminação de possíveis criadouros e para a gravidade da doença.
A pernambucana Rosineide Mota perdeu a filha para a dengue e destaca que "em nenhum momento acreditava que seria tão grave”. “Fico tentando conscientizar as pessoas de que realmente a dengue mata”, alerta.
A transmissão da doença se faz pela picada do mosquito e, segundo o Ministério da Saúde, já foram registrados casos de transmissão da gestante para o bebê e por transfusão sanguínea. O mosquito permanece infectado por toda a vida (6 a 8 semanas). O período de incubação no homem varia de 4 a 10 dias, sendo em média de 5 a 6 dias. Após esse período, surgem os sintomas da doença.
Sintomas
A primeira manifestação da dengue, geralmente, é febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e prurido cutâneo. Perda de peso, náuseas e vômitos também são comuns.
Em Pernambuco, Edna Lima contraiu dengue e percebeu após manchas avermelhadas no corpo. “Acabei perdendo quase dez quilos. Não conseguia me alimentar, muitas dores e falta de apetite”, lembra a dona de casa.
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, geralmente entre o terceiro e o sétimo dia da doença, alguns casos irão evoluir para a recuperação e cura, porém outros podem apresentar sinais de alarme, evoluindo para formas graves da doença.
Em caso de suspeita, é preciso procurar o serviço de saúde mais próximo, fazer repouso e ingerir água, sucos, soro caseiro ou água de côco.
Tratamento
O tratamento baseia-se principalmente em hidratação adequada. De acordo com o Ministério da Saúde, deve-se levar em consideração o estágio da doença, segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. A partir daí, é possível decidir condutas e a unidade de saúde ideal que se deve procurar.