quinta-feira, 21/11/2024
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Número 2 da Al-Qaeda quer ataques a Israel e EUA

O “número dois” da rede terrorista Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, pediu hoje que os muçulmanos de todo o mundo ataquem alvos dos Estados Unidos e de Israel, em resposta às recentes operações israelenses na Faixa de Gaza.
Esta chamada foi divulgada através de uma gravação sonora, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, colocada em um site normalmente utilizado pela Al-Qaeda.

A mensagem de hoje é a terceira de dirigentes do grupo terrorista em menos de uma semana, após outras duas do líder máximo da organização, Osama bin Laden, sobre a publicação das caricaturas de Maomé na Europa e os ataques israelenses em Gaza.

“As manifestações não são suficientes. Muçulmanos, hoje é seu dia, batam nos interesses de judeus e americanos, e daqueles que participaram do ataque contra muçulmanos”, diz Zawahiri na gravação.

“Vigiem os alvos, recolham dinheiro, preparem as equipes, planejem com precisão e depois, com confiança em Deus, ataquem, buscando o martírio e o paraíso”, acrescenta, em mensagem que critica quase exclusivamente os ataques israelenses à Faixa de Gaza e a publicação das charges de Maomé na Europa.

Na gravação, Zawahiri diz que os ataques contra alvos de Israel e dos EUA não devem se limitar a Israel e aos territórios palestinos.

“Hoje não há justificativa para quem diga que só deveríamos lutar contra os judeus na Palestina. Vamos atacar seus interesses em todas as partes, assim como eles se unem contra nós de qualquer lugar”, diz Zawahiri, referindo-se à publicação das charges do profeta em jornais dinamarqueses.

“Nunca insultarão e zombarão de nosso profeta”, acrescenta.

Além disso, o “número dois” da Al-Qaeda acusa na mensagem os líderes árabes, especialmente o presidente egípcio, Hosni Mubarak, de colaborar com os EUA e Israel no atual bloqueio à Faixa de Gaza.

Para Zawahiri, Mubarak “repete o mesmo jogo sujo” da Falange libanesa, milícia cristã que se aliou a Israel na guerra civil do Líbano (1975-1990).

Os falangistas foram acusados de cometer um massacre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila, em Beirute, em emados de 1982, quando Israel ocupava a capital libanesa.

“Os papéis são os mesmos, mas as caras mudaram. A mesma traição, apesar de que os nomes tenham mudado”, reforça Zawahiri, em sua mensagem.

EFE/Terra

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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