O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (6) que vai atualizar as normas para a realização de testes de diagnóstico do HIV. Entre as mudanças, está a adoção de um novo tipo de exame, a partir da coleta de sangue seco, que permitirá o armazenamento do material por até 12 semanas sem refrigeração.
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A medida será adotada para facilitar o diagnóstico da Aids, principalmente nas regiões mais distantes do país. Segundo a chefe da área de doenças sexualmente transmissíveis e Aids do ministério, Mariângela Simão, a preservação do sangue só será possível porque a coleta será feita com o uso de um papel filtro especial.
A novidade, segundo ela, é que as amostras poderão ser enviadas pelo correio, o que deve facilitar o acesso ao teste nas localidades mais longes dos principais centros urbanos.
“Na verdade, isso é parecido com o teste do pezinho. Você colhe por meio de uma picadinha no dedo. O papel é seco, enviado para o correio pelo serviço de saúde que coletou o exame. E paciente vai receber o resultado no mesmo lugar em que foi feita a coleta”, explicou Mariângela.
Testes rápidos
Segundo o ministério, além da inclusão de novas metodologias de testagem, o governo também vai ampliar os testes rápidos, cujos resultados saem em meia hora. Todas as mudanças estarão presentes em uma portaria a ser editada pela pasta, que definirá as novas regras para testes de HIV.
O governo estima que cerca de 630 mil brasileiros estejam infectados pelo vírus HIV. Destes, 255 mil não teriam feito teste. Ou seja, não sabem que têm o vírus. A partir do uso de uma nova tecnologia de detecção do HIV, o Sistema Único de Saúde (SUS) submeterá o sangue dos pacientes a duas testagens, e não mais a três, como ocorre atualmente.
Segundo o ministério, a redução no número de fases do teste não diminuirá a eficácia dos resultados. Dados do governo mostram que até 2008, 36,5% dos brasileiros que tinham entre 15 e 54 anos fizeram o teste de HIV.
IG