A atua algaravia promovida por pessimistas de plantão acerca da segurança pública de Mato Grosso e ainda sobre uma possível criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, é um emaranhado de informações indecifrável para quem não acompanha os capítulos diariamente. Para entender a história que traz uma novidade a cada dia, é preciso conhecer os personagens e o papel traçado no vendaval de desinformações.
O principal objetivo nesse carnaval de aparições gratuitas na mídia, promovido por alguns deputados estaduais, alguns delegados da polícia civil e alguns coronéis da Polícia Militar, é ganhar musculatura política para tentar reverter a nomeação de um delgado da Policia Federal que é considerado um dos mais atuantes do País. Sem dúvida nenhuma a indicação do delegado que colocou na cadeia os envolvidos no esquema batizado de sanguessugas é uma afronta aos interesses espúrios no Estado e que não contribuiu nenhum milímetro para combater a onda de violência em Mato Grosso.
Diógenes Curado mal assumiu na quarta-feira, 27, é já é vítima da metralhadora giratória por parte de alguns deputados que fizeram ´sanções´ junto ao governador para que ele não fosse o indicado. Mesmo com a insatisfação dos oposicionistas a Curado, o governador Blairo Maggi confirmou que ele seria o novo titular da Secretaria de Segurança Publica.
O delegado federal Diógenes Curado substituto de Carlos Brito, que pediu demissão da pasta. Diógenes Curado, 48 anos, está em Mato Grosso desde 1986, onde iniciou como agente da Polícia Federal. Em 2004, ele passou a exercer a função de delegado, sendo chefe do Núcleo de Repressão a Entorpecentes e, atualmente, estava como delegado responsável pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado.
O governador ligou para o ministro da Justiça Tarso Genro solicitando a liberação do delegado, que já havia sido convidado mesmo antes de Carlos Brito ter pedido demissão. O ministro confirmou que estava liberando o delegado para assumir a pasta de secretário de Justiça e Segurança Pública em Mato Grosso.
Maggi também conversou com o diretor geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, e com o superintendente regional da PF, delegado Osnain Campos Santana, que, após ouvirem o ministro acordaram com a nomeação do delegado Diógenes para o cargo no Executivo estadual. Ao confirmar o nome de Curado, o governador Blairo Maggi disse que o delgado tem o perfil ideal para a pasta e conta com pulso firme. “Primeiro, trata-se de um delegado federal que impõe respeitabilidade e poder de comando. Segundo, tem atuação eminentemente técnica, o que deve receber respaldo inclusive da classe política dos segmentos que compõem a área de segurança pública”, disse o governador.
Mas o respaldo político que esperava o Governador parece não estar acontecendo porque muitos já demonstram descontentamento,e isso está crescendo no próprio meio entre os Delegados e até os comandos da PM, porque muitos acreditam que no estado a coisa é bem diferente.
Rafael Paes de Barros
Especial para o P.12/AltNoticias