Neste ano, devem ser financiadas cerca de 600 mil moradias, tanto novas como usadas, no valor de aproximadamente R$ 30 bilhões. O projeto é ampliar esse número para 900 mil residências.
Até novembro, só a CEF já havia fechado 446 mil contratos de financiamento no valor de R$ 20,4 bilhões. A estimativa é atingir 500 mil contratos até o fim de 2008, somando um total de financiamento de R$ 22,8 bilhões.
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O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou à Folha que pretende deslanchar o projeto em janeiro. Ele informou ainda que, no início de 2009, o governo deve apresentar novidades para o setor de infra-estrutura e que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) terá R$ 110 bilhões para emprestar no próximo ano.
Nesta semana, o governo federal já divulgou um pacote de incentivos fiscais para incentivar a economia, que já dá sinais de desaceleração devido à crise financeira global.
Entre as principais mudanças anunciadas estavam a nova tabela do Imposto de Renda –com duas novas faixas de tributação–, a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para o consumo e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para as montadoras.
IR
Com a correção prevista em lei de 4,5%, a nova tabela do Imposto de Renda prevê isenção para quem ganha até R$ 1.434; alíquota de 7,5% para quem ganha mais de R$ 1.434 até R$ 2.150; de 15% para quem ganha mais de R$ 2.150 até R$ 2.866, de 22,5% para quem ganha mais de R$ 2.866 até R$ 3.582 e de 27,5% para quem ganha mais de R$ 3.582.
A decisão de alterar a tabela de imposto de renda é definitiva (não tem prazo de vigência) e entrará em vigor por medida provisória, a partir de 1º de janeiro. A mudança na tabela do IR deixará mais R$ 4,9 bilhões no bolso dos contribuintes em 2009.
IOF
Também haverá redução de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para pessoas físicas, de 3% para 1,5%, pelo período que o governo julgar necessário. O custo desta medida, segundo o governo, será de R$ 2,560 bilhões.
IPI
O governo também reduziu o IPI (Imposto de Produtos Industrializados) até 31 de março de 2009 para a indústria automotiva. Os carros populares até 1.000 cilindradas (tanto álcool quanto gasolina) terão taxa zero (atualmente é de 7%), os de 1.000 cilindradas a 2.000 cilindradas, à gasolina, terão redução de 13% para 6,5%, e os flex ou álcool, de 11% para 5,5%. Carros acima de 2.000 cilindradas não têm alteração de alíquota.
F.Onli