Considerando a repercussão dos processos e prisões do ex deputado estadual José Riva, e a revelação da “tática” de defesa, “escolhendo” juízes, mediante simulação de exceções de suspeição contra magistrados, os movimentos sociais abaixo discriminados vêm alertar a sociedade de grave distorção da Democracia e da livre atuação de juízes.
Desde a criação da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, de competência cível, e da Vara Especializada Contra o Crime Organizado, os Crimes Contra a Ordem Tributária e Econômica e os Crimes Contra a Administração Pública em nosso Estado, que os crimes de colarinho branco começaram a sofrer punição. Não foi à toa que os deputados estaduais tentaram “melar” o trabalho dos juízes por meio da Lei Complementar nº 313 (de 16 de abril de 2008), que extinguia as citadas varas especializadas.
O réu em comento já apresentou centenas de pedidos de exceção de suspeição. Tenta impedir que magistrados como Gonçalo Antunes de Barros, Celia Vidotti, Luis Aparecido Bertolucci, José Blaszak e Selma Rosane Arruda julguem os processos contra ele.
Durante uns 20 anos, quando comandava a Assembleia Legislativa, o acusado fez “tabelinha” com magistrados da cúpula do Tribunal de Justiça, tipo “Romário e Bebeto” nos bons tempos da seleção brasileira, e assim nunca foi alcançado pela Justiça.
A Associação de Magistrados – AMAM, tão ágil para defender os seus antigos associados punidos no “escândalo da maçonaria”, se calou diante da tática do acusado José Riva, de “escolher” quais juízes “podem” processá-lo.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral – MCCE, e a ONG MORAL – Moralidade e Cidadania, reafirmam sua crença de que a tendência de punir corruptos da política não pode se restringir ao Judiciário de Brasília e de Curitiba. A liberdade de julgar, mediante o livre convencimento motivado, deve ser estendida aos corajosos juízes de Mato Grosso, independente do nome do réu que esteja na capa dos autos.
MCCC-ONG-MORAL