planeta está quase um grau mais quente
No dia 16 de março, foi celebrado o Dia Nacional das Mudanças Climáticas, data que convida os brasileiros a refletir sobre os cuidados com o meio ambiente.
Aqui, na Ticket Log, essa é uma preocupação constante. Tanto é que fomos uma das empresas participantes do estudo CEBDS, que mapeou como as empresas brasileiras vêm contribuindo com o Acordo de Paris.
A verdade é que a crise climática nos assusta! Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o planeta está quase um grau mais quente do que estava antes do processo de industrialização.
Além disso, os 20 anos mais quentes da história foram registrados nos últimos 22 anos, sendo que os anos de 2015 a 2018 ocuparam os quatro primeiros lugares do ranking. E o processo de industrialização mundial começou em meados 1850 e 1900.
Os efeitos das mudanças climáticas
O resultado desse aumento de temperatura é o desequilíbrio da natureza, que se manifesta em enxurradas, alagamentos, desmoronamentos, queimadas, furacões, tornados e diversos outros eventos extremos.
Não é preciso olhar muito longe para perceber tudo isso. Basta lembrar de algumas situações climáticas recentes que enfrentamos no Brasil, por exemplo:
- as fortes chuvas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, que causaram mortes;
- os incêndios na Amazônia por causa das altas temperaturas e redução da umidade, que impactam o bioma local;
- os longos períodos de estiagem no Rio Grande do Sul, que prejudicam a agricultura e o abastecimento de água à população.
É claro que, se não tomarmos medidas logo, a tendência é a crise piorar. Então voltamos à questão inicial deste artigo: o que podemos fazer para barrar as mudanças climáticas?
Soluções para as mudanças climáticas
Vamos começar pelo Brasil, contando um pouco sobre o nosso pioneirismo frente aos outros países quando o tema é biocombustível.
Ainda na década de 70, com o programa Proálcool, o nosso país acelerou a produção do etanol a partir da cana-de-açúcar e expandiu a cultura do seu uso frente aos altos preços dos derivados de petróleo.
Porém, logo na década de 80, com a produção interna do petróleo, redução dos preços internacionais e retirada dos subsídios de produção, os carros movidos a etanol perderam competitividade em relação aos movidos à gasolina. Por outro lado, a obrigatoriedade do uso de etanol na mistura da gasolina e a manutenção da oferta nos postos de combustíveis mantiveram o programa vivo.
A partir de 2003, com o lançamento dos veículos flex, o consumo do etanol voltou a crescer. Com o novo programa do governo, lançado em 2017, o Renovabio — que tem entre seus objetivos o de valorizar os biocombustíveis, promover a segurança energética e reduzir as emissões no setor de transportes — foram estabelecidas algumas metas anuais de descarbonização para o setor de combustíveis.
Dessa forma, aumentamos o incentivo nacional para a produção e participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país. Produtores e importadores poderão se certificar e comercializar CBIO (créditos de descarbonização) que poderão ser comprados pelas distribuidoras de combustíveis.
Medidas que demoram, mas são indispensáveis
As transições energéticas são longas, passam por implementações de políticas públicas e garantia de infraestrutura adequada, além de mudança da cultura entre os consumidores — à modelo do que vimos com o Proálcool.
Apesar de a eletrificação dos veículos ser uma realidade mundial que chegou para ficar, no Brasil ainda dependemos de muitos tributos, regulações de mercado e infraestrutura para que seja uma realidade em larga escala.
Os passos estão sendo dados para isto. Por parte do governo, com o Programa Rota 2030, que prevê incentivos para desenvolvimento da eletrificação e tecnologias de baixo carbono. No caso das frotas pesadas, a eletrificação ainda esbarra na baixa autonomia dos veículos e alto tempo de recarga.
Novidades
Recentemente, foi lançado uma bateria de carregamento rápido para veículos elétricos com autonomia de 645 km! E a inovação da tecnologia para tornar cada vez mais acessíveis os carros elétricos não para por aí.
Recentemente foi anunciado o lançamento do veículo elétrico mais barato da Europa, com preço de partida em torno de 10 mil euros. Também, modelos antigos e consagrados estão ganhando nova roupagem e motor elétrico para retorno ao mercado, como é o caso da Kombi.
Veículos híbridos (gasolina e eletricidade) também são uma aposta do mercado mundial, assim como os veículos movidos a hidrogênio, que estão evoluindo em relação a sua autonomia.
Outra novidade é o biometano, uma aposta da matriz energética brasileira e que pode fazer o Brasil ter o mesmo sucesso que obteve com o etanol no mercado de veículos pesados.
Como nós estamos ajudando e dando exemplo
Na Edenred, mudanças climáticas é um dos temas a serem trabalhados através da estratégia global de sustentabilidade (People, Planet e Progress).
Para o pilar Planet, estabelecemos uma meta de redução das emissões, onde nos comprometemos a reduzir 52% das emissões de GEE globais até 2030. Nossa meta é validada pela SBTi (Science Based Targets Initiative), que valida metas baseadas na ciência e que respeitam as premissas do Acordo de Paris.
Também, até 2030 todas as unidades da Edenred pelo mundo terão que ter, no mínimo, um eco-serviço para mobilidade sustentável e combate ao desperdício de alimentos. Sendo que 70% das nossas soluções devem ser projetadas ecologicamente.
Desenvolvimento de soluções sustentáveis
Na Edenred Brasil, desenvolvemos diversas ações para contribuir com as metas globais, como o Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE), que realizamos anualmente.
Também, promovemos a Pesquisa de Mobilidade, ações para redução no consumo de energia, geração de resíduos, compra e uso de materiais de forma mais consciente, entre outras.
Com o papel de protagonistas, também participamos de estudos e desenvolvimento de políticas públicas, engajados juntamente do setor empresarial e capitaneados pelo CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de divulgar uma economia de baixo carbono.
Grande mobilização mundial
É importante pontuar que diversas organizações mundo afora já começaram a se mobilizar para conter os efeitos da crise climática.
A adoção do Acordo de Paris em 2015 por diversos países, por exemplo, foi um momento histórico de resposta global e conjunta às mudanças climáticas.
O acordo definiu metas internacionais de longo prazo para enfrentar a crise climática, como manter o aumento da temperatura global abaixo de 2ºC e fazer o possível para limitá-lo a 1,5ºC.
Porém, para isso acontecer, é preciso que haja um esforço conjunto da sociedade. É papel de todos adotar hábitos sustentáveis que fazem a diferença! Assim como algumas empresas já começaram a fazer sua parte, individualmente você também pode ajudar!
Mas como fazer isso no dia a dia? Não é preciso abandonar completamente o estilo de vida que levamos hoje. Fazer algumas mudanças no dia a dia e no modelo de negócio das empresas já causa impacto positivo.
Por exemplo, tem crescido o uso de aplicativos que conecta passageiros a motoristas e pessoas interessadas em oferecer e ganhar carona, além do queridinho do momento: o compartilhamento de bicicletas. Não podemos esquecer também do transporte coletivo.
E você sabe qual é o meio de deslocamento com menor impacto ambiental de todos, que traz benefícios à saúde de quem pratica e é a forma de deslocamento mais antiga? Caminhar.
Você pode escolher o modelo que mais se adequa à sua rotina para ajudar o meio ambiente.
Deslocamento sem carro: veja 3 dicas para aplicar na sua empresa!
Além dos esforços para reduzir o consumo de energia e a geração de resíduos, precisamos comprar e usar materiais de forma consciente e evitar o desperdício de comida. Afinal, os recursos naturais são finitos.
Para te apoiar nessa transformação, mais algumas dicas
- Sempre que possível, opte por um outro modal (que não o carro) para fazer deslocamentos curtos. Ou, otimize seus deslocamentos. Por exemplo, no trabalho, organize sua agenda considerando a localização dos locais que precisa ir e procure fazer os que são próximos em uma única viagem.
- Em casa, precisa ir na padaria? Já confira se não tem nada faltando no supermercado ou na farmácia. Assim, você pode aproveitar e fazer tudo de uma só vez.
- Quando precisar esperar dentro do carro, com o ar condicionado ligado, além de não ser seguro, você estará gastando combustível e emitindo GEE mesmo parado. Uma boa opção é ficar fora do veículo. Procure uma sombra e, se der sorte, terá uma sorveteria pertinho de você.
- Mantenha seu veículo sempre em boas condições, com a manutenção em dia, para prolongar a vida útil das peças e manter tudo bem reguladinho !
- Ah! É importante, também, sempre estar atento à calibragem dos pneus. Pneu mal calibrado consome mais combustível e, por consequência, emitem mais GEE.
- Para a velocidade, funciona da mesma forma: quanto mais constante for a sua velocidade, dentro dos limites, mais consciente será o consumo de combustível do veículo.
- Lembre sempre de manter em dia o seguro do seu carro. Eventos extremos, como chuvas fortes, estão sendo cada vez mais comuns.
- Tomou uma água enquanto estava parado na sinaleira? Lembra que lixo é na lixeirinha do carro, certo? Depois, descarte em casa ou na firma separando direitinho, ok?
- Sempre é legal lembrar que compartilhar carona, além de economia e redução das emissões, pode significar um bom papo.
- Considere outras alternativas para o deslocamento, como o transporte público, patinetes e bicicleta. Qualquer uma delas também podem ser muito interessantes.
- Ah, e caminhar…sempre que possível. Faz bem para o corpo, mente, coração e nosso planeta!
As soluções não são simples e nem de curto prazo, mas precisamos dar o primeiro passo. Todos nós — funcionários, empresários, políticos, cidadãos — temos tudo a ver com isso!