Nenhum membro do staff do governo do Estado tem vaga garantida num eventual segundo mandato do governador Blairo Maggi (PPS). A informação partiu do próprio chefe do Executivo e candidato à reeleição durante entrevista à TV Centro América.
Líder nas pesquisas de intenções de votos e na iminência de vencer a eleição ainda no primeiro turno, Maggi considera cedo para falar da composição do secretariado. O governador só quer falar de escolha de secretários após o dia 1º de outubro, se eleito.
Pelo amplo arco de alianças (composto por PMDB, PFL, PL, PTB, PP, PV, PRTB, PTN, PSB, PAN, PMN e PTC), a indicação dos secretários, ao contrário da eleição passada, deve ser avaliada em discussões ampliadas pelo menos com as siglas de maior representatividade.
Após vencer o pleito de 2002, o PFL, legenda de maior peso na então coligação Mato Grosso Mais Forte, deu “carta branca” para o recém-eleito Blairo Maggi fazer a escolha do secretariado, sem qualquer pressão dos aliados.
O mesmo posicionamento adotou o PP, além do PPS. Lideranças da legenda de Maggi não pressionaram para indicar cargos no primeiro escalão. Progressistas e pefelistas, no entanto, fizeram indicações e mantêm até hoje militantes no governo Maggi.
Contudo, os principais cargos ou considerados de evidência e também de maior orçamento foram indicação própria do chefe do Executivo. Neste contexto o exemplo é a Secretaria de Fazenda, onde nestes 43 meses de governo não se ouviu qualquer cogitação de mudança. O secretário Waldir Teis é de confiança do governador e atuou em uma das empresas da família de Maggi.
Este ano, a maioria das legendas que integram a coligação Mato Grosso Unido e Justo deixou claro que a meta é governar junto. Há legendas que têm suas prioridades. O PTB, por exemplo, apontou prioridades na área do turismo.
Apesar da recusa de Maggi em falar em composição de secretariado, nos bastidores o assunto é um dos mais comentados, antes mesmo da conclusão da eleição. Muitos apostam no retorno do coordenador de campanha de Maggi, Luiz Antonio Pagot, para o staff num eventual segundo mandato do governador.