A China disse na quinta-feira que um carregamento de armas para o Zimbábue terá de retornar à China, depois que funcionários de um porto na África do Sul se recusaram a desembarcá-lo.
A Zâmbia, que sedia a Comunidade do Desenvolvimento do Sul da África, exigiu que os Estados impedissem que o navio An Yue Jiang adentrasse seu território marítimo, dizendo que as armas poderiam piorar ainda mais a crise eleitoral no Zimbábue.
“Até onde sei, a companhia chinesa decidiu chamar o barco de volta e os bens destinados ao Zimbábue”, disse Jiang Yu, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, em uma coletiva de imprensa.
Ela disse que o motivo era que o barco não havia conseguido desembarcar as armas, mas ela defende o carregamento.
“No setor de armas convencionais, temos relações de troca com alguns países. Elas correspondem às nossas leis, às resoluções do Conselho de Segurança e às obrigações internacionais da China.” “Temos sido bastante responsáveis e cautelosos em relação à exportação de armas”, completou ela.
Os resultados das eleições no Zimbábue, ocorridas em 29 de março, ainda não foram anunciados. Uma pesquisa parlamentar também é motivo de desconfiança, devido a recontagens parciais.
O Movimento pela Mudança Democrática (MDC), da oposição, diz ter ganhado as eleições e que o atraso na divulgação dos resultados extende um conflito no qual 10 membros do MDC já foram mortos.