O promotor de Justiça de Manacapuru, Reinaldo Lima, afirmou que oficialmente nove vítimas do naufrágio do barco Comandante Sales, que afundou na madrugada de domingo no rio Solimões, nas proximidades do município de Manacapuru, 88 km distante de Manaus, estão desaparecidas. Segundo ele, nove famílias comunicaram que os parentes estariam na embarcação.
Os corpos de mais duas pessoas, ainda não identificadas, foram encontrados, na noite de domingo. Assim, sobe para 17 o número de vítimas fatais do acidente. Durante toda a madrugada, os corpos das vítimas passaram por necropsia no Instituto Médico Legal, em Manaus.
O Ministério Público abriu inquérito para apurar as responsabilidades civil e criminal pelo naufrágio e também pedir às prefeituras para que as famílias das vítimas tenham assistência no sepultamento e no decorrer da investigação.
O MP trabalha com estimativa de que havia 120 pessoas no barco, mas o promotor ouviu na noite de ontem da Defesa Civil, Marinha do Brasil e Corpo de Bombeiro que não há como precisar este número.
O proprietário do barco, Francisco Alves de Salres, é uma das vítimas fatais do acidente. Ele não tinha lista de passageiros e, segundo nota divulgada pelo 9º Distrito Naval da Marinha, o barco não poderia estar navegando por estar apreendido desde o dia 19 de janeiro por falta de documentos e por não ter registro na Capitania dos Portos.
Uma equipe de pelo menos 16 mergulhadores do Corpo de Bombeiros procuram mais corpos no local do acidente. Porém, a partir de hoje, a procura será feita rio Solimões abaixo.
Redação Terra