Que tal se candidatar para ser o novo oficial de proteção planetária da Nasa? A agência espacial americana acaba de divulgar a vaga no portal do governo dos Estados Unidos e aceita inscrições até 14 de agosto. O trabalho desse especialista deve garantir que a humanidade não seja infectada por bactérias do espaço – ou, como a Nasa descreve, “evitar a contaminação orgânica e biológica na exploração espacial humana e robótica”. Em outras palavras, ele vai assegurar que naves de retorno à Terra estejam livres de microrganismos alienígenas e eliminar os riscos que humanos contaminem outros planetas. A recompensa é o atraente salário anual de até 187.000 dólares (o que equivale a 582.000 reais) anuais.
Segundo o anúncio, o ‘guardião planetário’ supervisionará “todas as missões de voo espacial que possam transportar voluntária ou involuntariamente organismos da Terra e componentes orgânicos para os planetas ou outros corpos do sistema solar, e qualquer missão que empregue uma nave espacial que se destina a retornar à Terra e sua biosfera com amostras de alvos extraterrestres de exploração”.
Para ser aceito no cargo, que tem duração de três anos, o candidato precisa ser cidadão americano e ter diploma em física, engenharia ou matemática. A vaga envolve viagens frequentes e, segundo sua descrição, o nível de segurança da função é “secreto”.
Em 2014, Catherine Conley, a ex-oficial de proteção planetária mais recente, disse, em entrevista à Scientific American, que sua maior preocupação era que humanos pudessem contaminar Marte em uma possível viagem futura se morressem no local. Segundo ela, é importante não poluir outros planetas para não repetir os erros que a humanidade cometeu na Terra.
“Se você quisesse perfurar um aquífero em Marte, seria de interesse dos futuros membros da colônia que você mantenha a perfuração limpa, porque os organismos podem crescer no aquífero e mudar as condições para que ele não seja mais utilizável”, afirma. “Já vimos isso acontecer na Terra. Seria realmente lamentável.”
O posto de oficial de proteção planetária foi criado pela Nasa em 1967, mesmo ano em que o Tratado Internacional do Espaço Exterior foi assinado, tornando obrigatória a fiscalização para evitar possíveis contaminações de matérias orgânicas.
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