quinta-feira, 21/11/2024
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Não se jogam pedras em árvores secas – TRE/MT

Árvores secas não são apedrejadas, apenas as frondosas.

Assim, e não por acaso, o Tribunal Regional Eleitoral em Mato Grosso dias atrás se tornou alvo de entristecedoras notícias e acusações por vezes infundadas, noutras levianas.

Com este pensamento, tento colocar-me no âmbito profissional do sodalício eleitoral de nosso Estado, em reconhecimento ao trabalho dos julgadores, serventuários e daqueles que em comunhão formam a máquina física, jurídica e também emocional de uma campanha, transformando singelas aspirações políticas em consagrados homens públicos e, com a mesma determinação, alijando do nosso seio aqueles que não conseguem de alguma forma normatizar seus interesses e ações; eis a importância das decisões e dos julgadores.

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, assim como os antigos colegiados que lhe deram vida, nasceu da comunhão de valores, da união de notáveis e, sem dúvidas, da consagração intelectual dos seus pares. Não crio e nem defendo sofismas de integridade no que tange a ganância humana unida à inconsequência, que, pontualmente e de forma ilhada no desenrolar da história universal, ornamentou com viciados alguns de nossos mais respeitáveis templos — e até o viciado, se viciado é, reabilita-se; todo viciado, quando viciado é, merece e terá um julgamento —, entretanto, o que se passou, não reflete hodiernamente no ímpeto de trabalho daquela Casa.
E nessa ordem de muito trabalho, notadamente o TRE/MT está se destacando em marcha contínua, apaziguando seus ligeiros conflitos institucionais.

Porém, ainda nos ininterruptos turnos de uma batalha muda em desfavor dos exíguos prazos eleitorais, de súbito surgiu-me às vistas uma constrangedora matéria veiculada na imprensa, onde consagrado político de nossa cidade afirma, sem qualquer arremedo de prova e em pleno exercício de sua eloqüência verborrágica, que venderam caro uma sentença em seu desfavor, no que tange as suas contas de campanha.
A colocação do vocábulo “venderam” e da própria afirmação consciente em sua totalidade, não durou uma quadra sequer.

Pois veio o Órgão Eleitoral, sem alarde, muito menos se defendendo ou tomando partido deste ou daquele comentário, concedeu, assim como concede a qualquer postulante, a oportunidade de defesa em colegiado superior.

Não possuo fortuna e nem ao menos desejo tão alto patamar. Mas, nesta minha novel carreira, creio que presenciei as mais ricas experiências, pois, além de agraciado com uma profissão que me permite aprender, observei atônito acusações e fatos que apenas ilustravam minha imaginação, obviamente sem me deixar influenciar ou desacreditar.

Cansado de tudo isso e acreditando em duas vias, a primeira de que escancaradamente a justiça está sendo aplicada em casos afetos às acusações e a segunda, no tocante a atual responsabilidade dos membros da Corte Eleitoral, prefiro acreditar na higidez do trabalho e respeitar a opinião divergente, doravante, combatê-la incansavelmente quando cabível, encarar o debate e render-me se necessário, mas, jamais emudecer em detrimento aos interesses daqueles que me creditam o ofício.
A certeza é uma dádiva que apenas a singularidade homem versus consciência pode afiançar; falar dos homens e neles acreditar depende muito mais daquilo que somos diante deles, do que propriamente aquilo que esperamos que nos digam e, assim, reconheço o grande trabalho do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso.

JOÃO BOSCO RIBEIRO BARROS JUNIOR – Advogado.
advboscobarros@terra.com.br
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Parmenas Alt
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